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1. Avanços de 2013
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São Paulo - Estamos ainda no meio de 2013, mas o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) já lançou a lista com alguns dos maiores avanços tecnológicos do ano. Segundo a publicação MIT Technology Review, o principal critério foi escolher avanços que dão às pessoas novas formar de usar a tecnologia. Veja quais são elas a seguir.
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2. Aprendizado profundo
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O inventor Ray Kurzweil trabalha com engenheiros do Google em um paradigma inspirado em filmes de ficção científica: aprendizado profundo (deep-learning, em inglês), um ramo avançado de “aprendizagem automática”. Este é considerado um dos principais avanços do ano para o MIT. O método de inteligência artificial poderá ser aplicado a diversas finalidades. A principal ideia é criar um software capaz de imitar a atividade dos neurônios do neocórtex, região do cérebro onde ocorre o pensamento. Em junho de 2012, o sistema de aprendizado do Google observou 10 milhões de imagens de vídeos do Youtube. A plataforma também se mostrou duas vezes melhor do que em tentativas anteriores em reconhecer padrões nas imagens. Mas não é só o Google que faz avanços na área de inteligência artificial. Em outubro, o chefe de pesquisa da Microsoft, Rick Rashid, fez uma demonstração de um software que transcrevia palavras ditas em inglês para o mandarim com uma taxa de erro de 7%. O sistema também simulava a voz da pessoa falando o texto em mandarim.
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3. Mensagens autodestrutivas
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3/12 (Reprodução)
A troca constante de fotos e mensagens nas redes sociais gerou um problema de privacidade. Sabendo disso, os estudantes da Universidade de Stanford, Evan Spiegel e Bobby Murphy criaram o aplicativo de mensagens instantâneas Snapchat. O diferencial desse aplicativo é que o usuário pode decidir quanto tempo fotos e vídeos enviados ficarão disponíveis para o destinatário. Quando o tempo escolhido acaba, a mensagem se autodestrói. O Snapchat possui milhões de usuários que enviam cerca de 50 milhões de mensagens por dia. Em 2012, o Facebook reinventou o Poke, aplicativo para iOS que permite enviar mensagens, fotos e vídeos para os amigos da rede social, como uma forma de concorrer com o Snapchat.
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4. Sequenciamento de DNA pré-natal
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No futuro, cada ser humano terá seu genoma sequenciado até mesmo antes de nascer. Em junho, cientistas da Universidade de Washington anunciaram ter sequenciado pela primeira vez, de forma não invasiva, o genoma de um feto humano em gestação, usando apenas o DNA fetal circulante no sangue da mãe. Pouco tempo depois, uma equipe do Kansas criou uma tecnologia que permite sequenciar e analisar o genoma completo de um recém-nascido em pouco mais de 48 horas. Os testes são capazes de detectar Síndrome de Down e outras doenças cromossômicas em bebês ainda no útero.
Antes disso, o único jeito de detectar essas doenças era por meio da retirada de células da placenta ou do líquido amniótico, processo que pode oferecer risco de aborto espontâneo. Os cientistas já encontraram um jeito de obter muito mais informações sobre o feto a partir do sangue da mãe, o que inclui o genoma completo. Mas sequenciar o genoma de um adulto é um processo longo e trabalhado, que custa cerca de 10.000 dólares. O procedimento para um feto deve ser mais caro.
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5. Fabricação aditiva
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A General Electric (GE) tem feito uma mudança radical na forma como tradicionalmente fabrica peças. Recentemente, decidiu produzir bocais de combustível para um novo motor de avião usando a técnica da fabricação aditiva, uma versão industrial da impressão 3D. Esse método já é usado para a produção de algumas peças específicas, como implantes médicos, e para a produção de protótipos de plástico para engenheiros e designers. Mas produzir em massa uma liga de metal para ser usada em milhares de motores a jato é um marco significativo para a tecnologia. A fabricação aditiva é vantajosa para empresas, pois gasta menos material na hora de produzir as peças. A GE ainda tem a vantagem de a peça produzida ser mais leve, o que significa economia de combustível para os aviões. Mas também existem desafios nesse novo método. Como a fabricação aditiva se baseia em modelos digitais de objetos, as empresas ficam mais vulneráveis a roubos de propriedade intelectual.
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6. Robô industrial
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6/12 (robpengoraro/Flickr)
A Rethink Robotics busca revolucionar os robôs industriais. Rodney Brooks, CEO da empresa, criou o robô Baxter. A máquina de 22 mil dólares já está em várias linhas de montagem americanas. A tecnologia empregada nela é diferente dos robôs industriais atuais, que são imensos e ficam isolados em espécies de gaiolas para evitar a aproximação de trabalhadores. Baxter é capaz até de receber instruções para pegar objetos. Tem braços flexíveis e uma tela de LCD com um rosto, que serve não só para deixá-lo mais "amigável", mas para indicar onde sua atenção está concentrada. Também percebe obstáculos e aproximação de pessoas e pode ser facilmente reprogramado para ajudar em diversas tarefas.
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7. Microchip capaz de restaurar memória
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Theodore Berger, um engenheiro biomédico e neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, imagina que, no futuro, um paciente com severa perda de memória poderá recuperar suas lembranças com ajuda de um implante eletrônico. Por mais de duas décadas, Berger analisou como os sinais elétricos se propagam através dos neurônios do hipocampo, região do cérebro que transforma memórias de curto prazo em longo prazo. A partir disso, criou um modelo que imita essa movimentação. A ideia é instalar chips no cérebro que restauram a capacidade da criação da memória de longo prazo. A tecnologia pode revolucionar a vida de pessoas com Alzheimer, por exemplo, que perdem a memória durante a evolução da doença. O dispositivo já foi testado em ratos e macacos, e os pesquisadores estimam que os estudos em humanos devem começar em dois anos.
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8. Relógio inteligente
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8/12 (Reprodução)
Eric Migicovsky não queria um "computador vestível". Quando criou o Pebble (relógio que se conecta a smartphones) há cinco anos, o então estudante universitário só queria usar o smartphone enquanto pedalava sem sofrer nenhum acidente. O desenvolvimento do protótipo foi viabilizado por financiamento coletivo no Kickstarter. Migicovsky pediu 100 mil dólares e, em cinco semanas, recebeu mais de 10 milhões. O relógio se conecta por Bluetooth a iPhones e smartphones com Android. O gadget mostra notificações, mensagens e outros dados simples em sua tela em preto e branco. O sucesso foi tanto que os grandes fabricantes estão de olho da ideia. A Sony, por exemplo, já lançou dois modelos de relógios inteligentes. Samsung e Apple devem ser as próximas a entrar nesse novo mercado
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9. Dispositivo de energia solar
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Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia têm trabalhado na criação de um dispositivo que produz duas vezes mais energia solar do que os painéis fotovoltaicos atuais. Enquanto os painéis comuns convertem menos de 20% da energia em eletricidade, o novo dispositivo seria pelo menos 50% mais eficiente. Os desenvolvedores do projeto acreditam que isso é possível por causa dos avanços recentes na habilidade de manipular a luz em escalas pequenas. Tudo isso graças ao design inovador que funciona como em um prisma. O sistema divide a luz solar e direciona cada uma das cores para uma célula com um tipo de semicondutor que a absorve. Harry Atwater, um dos desenvolvedores do projeto, acredita que, além de aumentar a eficiência, o painel solar é a melhor opção para reduzir o custo da energia solar.
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10. Big Data biológico
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10/12 (Wikimedia Commons)
Cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard criaram uma estratégia de combate à malária que usa torres de transmissão de sinal de celular. Ao estudar os dados das torres, os pesquisadores descobriram, por exemplo, que pessoas que faziam ligações ou enviavam mensagens perto da torre de transmissão da cidade de Kericho, no Quênia, viajavam para fora da região 16 vezes mais do que a média. Além disso, eram três vezes mais propensos a visitar a região do Lago Vitória, um dos principais focos da doença. A causa da movimentação era uma plantação de chá, que tinha muitos migrantes, próxima à torre de Kericho. A pesquisa ajudar a detectar os principais focos onde doença deve ser combatida. É possível, por exemplo, enviar mensagens de texto alertando sobre o uso de mosqueteiros a pessoas que entram na zona de cobertura da torre de Kericho.
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11. Supergrids
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Sistemas de corrente contínua em alta tensão são os mais eficientes para transportar grandes quantidades de eletricidade por milhares de quilômetros. Apesar de serem os melhores, são menos usados. Isso acontece porque esses sistemas não criam redes integradas, necessárias aos sistemas elétricos. Mas a empresa suíça ABB criou um dispositivo que pode resolver este problema. Isso é possível com um disjuntor para sistemas em corrente contínua em alta tensão, que permite desconectar partes da rede que apresentam algum problema, enquanto o restante trabalha normalmente. Essas redes de corrente contínua seriam mais eficientes para conectar fontes de energia renováveis a longas distâncias.
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12. Veja também
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12/12 (Reprodução)