Estudante usa um iPad: orgão irá considerar se aplicativos incitam crianças a comprarem algo (Fred Dufour/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2013 às 10h29.
Londres - O órgão fiscalizador de consumo da Grã-Bretanha iniciou uma investigação para apurar se crianças e jovens estão sendo injustamente pressionados a comprarem conteúdo extra em jogos online supostamente gratuitos, em meio a relatos da mídia de crianças que contraíram dívidas de centenas de libras, sem o conhecimento dos pais.
A investigação do Office of Fair Trading (OFT) vai analisar os muitos jogos que são livres para se inscrever, mas incorrem em custos depois.
Alguns deles oferecem a oportunidade de "melhorar" as contas gratuitas por meio de uma adesão paga, proporcionando mais acesso do que com a conta gratuita. Outros incentivam compras para acelerar o jogo ou para dar acesso a recursos extras.
Em particular, o OFT irá considerar se esses aplicativos incitam crianças a comprarem algo ou a incomodarem seus pais ou outros adultos para comprar por eles.
"Estamos preocupados que as crianças e seus pais poderiam estar sujeitos a uma pressão injusta para comprar, quando estão jogando jogos que achavam que eram livres, mas pelos quais podem assumir gastos realmente substanciais", disse o diretor sênior da OFT para Bens e Consumo, Cavendish Elithorn, acrescentando que o órgão fiscalizador não pretende proibir as compras em jogos.
O OFT irá observar se o custo total de alguns destes jogos é esclarecido quando o download é feito pela primeira vez.
A BBC relatou o caso de uma criança de cinco anos, Danny Kitchen, de Bristol, que conseguiu acumular cobranças de mais de 1.700 libras no mês passado, ao brincar com o jogo Zombies contra Ninjas, no iPad de seus pais. Desde então, o dinheiro tem sido reembolsado pela Apple.