Tecnologia

Operadora de George Soros quer investir R$ 500 mi no Brasil

ON Telecom deverá oferecer conexão para residências e escritórios por meio das redes de celular de quarta geração (4G)

George Soros: empresário prevê investir ao menos 150 milhões de dólares, o que dará a ele a maior fatia da ON Telecom (Akos Stiller/Bloomberg)

George Soros: empresário prevê investir ao menos 150 milhões de dólares, o que dará a ele a maior fatia da ON Telecom (Akos Stiller/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 18h02.

São Paulo - A nova empresa de telecomunicações ON, financiada pelo megainvestigor George Soros, planeja investir ao menos 500 milhões de reais (218 milhões de dólares) nos próximos três anos, afirmaram executivos da companhia nesta terça-feira, ampliando a competição no serviço de internet em um mercado em desaceleração.

Soros prevê investir ao menos 150 milhões de dólares, o que dará a ele a maior fatia da ON Telecom, que oferece conexão para residências e escritórios por meio das redes de celular de quarta geração (4G), informou o presidente-executivo da ON, Fares Nassar, a jornalistas.

A tecnologia, que visa regiões com déficit de cobertura de banda larga a cabo, estará disponível em algumas regiões do Estado de São Paulo.

Nassar disse que a companhia deverá se expandir para outras regiões do Brasil quando houver novos leilões para licenças 4G, o que demandará novos recursos de Soros, de outros investidores ou uma oferta pública inicial de ações (IPO).

"Um choque de competição é sempre muito bom para o mercado", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, presente no evento de lançamento da ON, que também teve a presença do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende. "Inclusive temos novas faixas que vamos leiloar esperando que Soros abra o bolso para comprar", disse Rezende.

A nova empresa terá como alvo um nicho explorado nos últimos anos pela operadora de banda larga GVT, que oferece serviços de banda larga em regiões e segmentos de negócios pouco atendidos pelas empresas maiores.

A francesa Vivendi, que comprou a GVT três anos atrás, suspendeu em março a venda da empresa brasileira depois que as ofertas de compra vieram abaixo do esperado. Uma das razões pelas quais a Vivendi considerou vender a GVT foi o custo dos investimentos, que atingiram 5 bilhões de dólares desde que a companhia francesa assumiu a empresa.

Paralelamente, empresas de telefonia como Telefônica Brasil, TIM Participações e Oi estão focando em serviços de banda larga mais caros em meio a um cenário de desaceleração do mercado de telefonia celular no Brasil.

No ano passado, o Soros Fund Management, sediado nas Ilhas Caimã, recebeu aprovação dos reguladores para assumir a Sunrise Telecomunicações, a holding que controla a ON Telecom. Em setembro, a Sunrise adquiriu lotes para operar frequências 4G cobrindo 133 municípios de São Paulo.

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