Ebola áfrica (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2014 às 05h49.
A Organização Mundial da Saúde revisou seu balanço de mortos pelo Ebola, somando um total de 4 818 vítimas fatais em oito países, após ter estimado que alguns casos contabilizados não se relacionavam com esta epidemia.
Segundo o balanço publicado nesta quarta-feira, até 2 de novembro, foram registrados no total 13 042 casos da doença e 4 818 mortos.
Os números publicados anteriormente, em 31 de outubro, totalizaram 13 567 casos e 4 951 mortos.
A epidemia de Ebola, a mais grave desde que o vírus foi identificado, em 1976, surgiu na Guiné no fim de dezembro de 2013. Desde então, a Libéria registrou 6 525 casos e 2 697 mortos.
Em Serra Leoa, ainda que o número de novos casos registrados em uma semana (435) seja elevado, o balanço mudou profundamente e contabiliza 1 070 mortos (contra 1 510 divulgados anteriormente) entre 4 759 casos declarados (a cifra anterior era de 5 338 casos).
Na Guiné, foram registrados 1 731 casos e 1 041 mortos. Noventa e três novos casos foram identificados na Guiné e 89 novos casos prováveis na Libéria.
A implantação de laboratórios para detectar a presença do vírus ajudou a identificar melhor os casos. Atualmente, funcionam em 62% dos distritos afetados.
O balanço na Nigéria e no Senegal se manteve inalterado após 42 dias, sendo que 20 casos (dos quais 8, fatais) foram registrados na Nigéria, e um no Senegal: um estudante guineano, que teve a cura anunciada pelas autoridades em 10 de setembro. Estes dois países foram retirados da lista de países castigados pela epidemia.
Uma menina de dois anos, vinda da Guiné, faleceu no Mali, após ser infectada pela doença.
Fora da África - Nos Estados Unidos, dois funcionários sanitários foram infectados em um hospital do Texas, onde um paciente liberiano, que retornava de viagem ao seu país, morreu de complicações provocadas pela doença. No total, 4 casos foram registrados nos Estados Unidos.
A Espanha teve um caso de infecção, uma auxiliar de enfermagem que cuidou de dois missionários contaminados e repatriados a Madri, onde faleceram em agosto e em setembro. Ela foi declarada curada e recebeu alta.
Os funcionários da saúde são particularmente afetados pela epidemia, com 310 mortes e 546 infecções em todos os países.
A doença, também conhecida como febre hemorrágica do vírus Ebola, tem uma taxa de mortalidade de cerca de 70%, segundo estudo da OMS.
A infecção se dá por contato direto com fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos e secreções. O período de incubação varia entre 2 e 21 dias. O paciente se torna infectante a partir do momento em que aparecem os sintomas. O mesmo não acontece durante o período de incubação.
Segundo a OMS, é possível afirmar que não há mais transmissão do vírus em um país "42 dias após o último caso registrado".
Uma epidemia de Ebola também afetou uma região remota do noroeste da República Democrática do Congo (RDC). Este vírus é de uma cepa diferente daquela que castiga o oeste da África.
Esta segunda epidemia, aparentemente sob controle, matou 49 pessoas do total de 66 casos reportados desde o seu aparecimento, em 11 de agosto, segundo balanço datado de 20 de outubro.