Dinheiro
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 07h24.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira (13) que é necessário destinar US$ 100 milhões para combater a epidemia de ebola, que já matou mais de mil de pessoas na África Ocidental.
"É necessário uma quantia extra de US$ 100 milhões para combater o pior surto do vírus de ebola, que afeta quatro países de África Ocidental", disse o representante da OMS, Pierre M'Pelé Kilebou, em entrevista coletiva promovida pela União Africana (UA) em Adis-Abeba, capital da Etiópia.
Diante do aumento de casos de contágio, na sexta-feira passada a OMS declarou o surto de ebola na África Ocidental uma "emergência pública sanitária internacional". "Atualmente já foram registrados mais de 1.800 casos, com uma taxa de mortalidade que oscila entre 45% e 75% em cinco meses", afirmou Kilebou. Desde que o surto surgiu em março, em Guiné, a OMS enviou cerca de 200 pessoas para os quatro países afetados, Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
Ontem foi anunciado que a Libéria tratará dois médicos infectados com ZMapp, o remédio experimental usado em três pacientes contagiados pelo vírus e que melhorou o estado de saúde de dois deles, dois americanos, enquanto o terceiro, um espanhol, morreu ontem em Madri. A União Africana afirmou que é "urgente" o uso de remédios experimentais para tratar os pacientes contagiados pelo vírus.
"Com a natureza fatal da doença, qualquer ajuda é bem-vinda, incluindo o compromisso do governo canadense de fornecer o remédio para mil pacientes de ebola", disse o comissário de Assuntos Sociais da UA, Mustapha Sidki.
A OMS aprovou ontem, do ponto de vista ético, o uso de tratamentos experimentais contra o ebola, embora não tenha especificado quem terá prioridade para receber os medicamentos.