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OMS confirma que duas vacinas experimentais contra o ebola são seguras

Os antídotos devem ser aplicados nos três países da África Ocidental mais afetados pela epidemia

ebola (Getty Images)

ebola (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 11h32.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (9) que as duas vacinas contra o ebola que estão sendo testadas em diferentes países são seguras para os que recebem e que os planos avançam para administrá-las nos três países da África Ocidental afetados pela epidemia.

"Sabemos que as duas vacinas que estão na fase de testes clínicos parecem seguras e mostram uma boa imunogenicidade", disse a diretora geral adjunta da OMS, Marie-Paule Kieny.

A OMS convocou na quinta-feira uma reunião, por teleconferência, com especialistas em vacinas de todo o mundo, que avaliaram os resultados preliminares dos testes clínicos em andamento e, mais concretamente, questões relacionadas com a segurança e financiamento destes produtos.

As vacinas VSV-ZEBOV, desenvolvida no Canadá e cujos direitos de patente foram adquiridos recentemente pela farmacêutica Merck; e a CHAD-EBO, da britânica GSK, estão sendo provadas em voluntários nos Estados Unidos e em vários países da Europa e África.

Kieny disse também que uma vacinação em massa contra o ebola, como parte da última fase de testes clínicos, poderia começar no desse mês na Libéria, com as duas vacinas que estão sendo experimentadas.

Em Serra Leoa e Guiné, os outros dois países onde o vírus do ebola segue circulando, devem começar a receber a vacinação em fevereiro, disse hoje o responsável da OMS.

As referidas vacinas serão administradas a várias milhares de pessoas sãs nos três países.

Após ter determinado de maneira suficiente que ambas as vacinas são seguras para os receptores, os testes que são realizados com elas estão avaliando agora seu nível de imunogenicidade, ou seja a resposta imunitária que provocam no organismo.

Isto permitirá mostrar se uma das vacinas é, nesse sentido, mais eficaz que a outra, assim como fixar a dose necessária para estimular os anticorpos.

Kieny confiou que as respostas para essas perguntas serão dadas entre duas e quatro semanas.

A eficiência, propriamente dita, das vacinas será determinada nas campanhas de vacinação na África, que serão distintas em cada um dos três países envolvidos.

Uma vez que os fabricantes tenham decidido a dose adequada, a vacinação começará na Libéria, com três grupos diferentes de nove mil pessoas cada um, detalhou Kieny.

O primeiro receberá a vacina VSV-ZEBOV, o segundo a Chad-EBO e o terceira um placebo.

Em Serra Leoa só será testada uma das duas vacinas, mas ainda não foi decidida qual, com seis mil voluntários.

Um projeto completamente diferente será adotado na Guiné, onde serão vacinados os trabalhadores da área de saúde que trabalham na onde será desenvolvida a fase três dos testes clínicos. 

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