Peixe: principal fonte de ômega 3, os peixes também são ricos em proteínas específicas, vitamina D, selênio e outros minerais e elementos, disseram os pesquisadores (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2016 às 21h53.
O consumo de ácidos graxos ômega 3, presentes em peixes como salmão, sardinha e anchova, está ligado a uma redução de 10% do risco de morrer por ataque cardíaco - afirma um estudo publicado nesta segunda-feira (27) nos Estados Unidos.
Os pesquisadores analisaram os níveis de ômega 3 no sangue e nos tecidos de participantes de 19 estudos realizados em 16 países, segundo o artigo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine.
Eles descobriram que o ômega 3 "estava associado com um risco cerca de 10% menor de ataques cardíacos fatais", mas que essa mesma correlação não foi observada no caso dos infartos não mortais.
Isso sugere "um mecanismo mais específico para os benefícios do ômega 3 relacionados com a morte", disseram os pesquisadores.
Os novos resultados "oferecem o quadro mais completo até hoje sobre os efeitos preventivos do ômega 3 contra as doenças cardíacas", disse a coautora do estudo Liana Del Gobbo, pesquisadora na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia.
O ômega 3 presente tanto em vegetais como em frutos do mar foi associado com o risco 10% menor de sofrer ataques cardíacos fatais.
Principal fonte de ômega 3, os peixes também são ricos em proteínas específicas, vitamina D, selênio e outros minerais e elementos, disseram os pesquisadores.
Nos vegetais, o ômega 3 está presente em nozes, óleo de linhaça, óleo de canola e em algumas outras sementes e seus óleos.
O novo estudo oferece "uma oportunidade sem precedentes para compreender como biomarcadores sanguíneos de diferentes gorduras e ácidos graxos se relacionam com diferentes estados de saúde", afirmou o autor sênior Dariush Mozaffarian, da Escola de Nutrição da Universidade de Tufts.
Os pesquisadores estudaram mais de 45.630 pacientes. Desses, 7.973 sofreram ataques cardíacos pela primeira vez, com 2.781 óbitos registrados entre eles.
"Os resultados de diversos estudos foram similares independentemente de idade, sexo, raça, presença ou ausência de diabetes, uso de aspirina ou de medicamentos para baixar o colesterol", completou Del Gobbo.