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Oliver Stone diz que "Snowden é um herói"

Praga - O diretor de cinema americano Oliver Stone, que está no festival de Karlovy Vary, em Praga (República Tcheca), para receber um prêmio, disse nesta quinta-feira...

Snowden (Reuters)

Snowden (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

Praga - O diretor de cinema americano Oliver Stone, que está no festival de Karlovy Vary, em Praga (República Tcheca), para receber um prêmio, disse nesta quinta-feira que Edward Snowden, ex-técnico da CIA procurado pelos EUA após divulgar informação da inteligência americana, é um "herói".

"Snowden é um herói pela revelação de segredos que nos dizem respeito e que demonstram que o Artigo Quarto da Constituição (dos EUA) está sendo violado desde 2003", disse Stone em entrevista coletiva.

Esse artigo da Constituição americana assegura o direito dos cidadãos à segurança em relação à pessoa, casa, documentos e objetos pessoais, contra qualquer tipo de busca ou confisco injustificados.

O diretor lamentou que "(o presidente americano Barak) Obama não é o homem reformador destas injustiças".

O antigo colaborador da CIA, continuou Stone, "não tem onde se esconder e isto deveria nos fazer pensar".

"É preciso dar asilo a Snowden", apelou o diretor de "Platoon" (1986), "Nascido em 4 de julho" (1986) e "Wall Street" (1987), e que receberá amanhã, na festa de encerramento do festival centro-europeu, o Globo de Cristal por sua contribuição para o cinema mundial.

Snowden é acusado de espionagem por Washington por haver denunciado a dois jornais a vigilância realizada pela agência de inteligência americana NSA nos registros telefônicos e dados de internet de milhões de cidadãos suspeitos de terrorismo.

O diretor compartilhou no festival tcheco sua tese de que "o mundo será mais seguro se for multipolarizado".

"Precisamos de países fortes: Brasil, Turquia, Egito, China, Rússia, Irã e Venezuela fortes", afirmou, frente ao que definiu como a "dominação indiscutível" de seu país.

Também considerou que os últimos 70 anos dos EUA foram "uma história de paranoia pela expansão mundial do comunismo", o que a seus olhos desencadeou a "Guerra Fria".

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