Tecnologia

Olimpíada supera Copa em tráfego de dados

Só na Claro, patrocinadora oficial dos jogos olímpicos, o uso de internet móvel por estrangeiros aumentou 270% em relação à Copa nos 12 dias de competição


	Smartphones: Apps e 4G impulsionaram uso de smartphones por estrangeiros na Olimpíada 2016
 (LDProd/Thinkstock)

Smartphones: Apps e 4G impulsionaram uso de smartphones por estrangeiros na Olimpíada 2016 (LDProd/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2016 às 08h49.

Rio e São Paulo - Os estrangeiros que vieram para o Brasil para a Olimpíada, que termina amanhã, estão usando a internet móvel com mais intensidade do que aqueles que vieram para a Copa do Mundo em 2014, segundo informações divulgadas ontem pelas empresas de telecomunicações. Os dados mostram que o tráfego de dados - volume de informações enviadas e recebidas por meio da rede celular 3G/4G - a partir de smartphones de estrangeiros aumentou de maneira expressiva na Olimpíada, devido ao intenso uso de aplicativos e de aparelhos compatíveis com 4G.

A Claro, patrocinadora oficial dos jogos olímpicos e paralímpicos, informou ontem um aumento de 270% no tráfego de dados originado por estrangeiros em 12 dias de competição, na comparação com o mês inteiro de jogos durante a Copa. Além disso, ela vendeu 70% mais chips para turistas nas últimas quatro semanas do que o total comercializado durante o torneio de futebol.

A Claro forneceu chips para as delegações, colaboradores do Comitê Olímpico, pessoal de apoio e para a imprensa internacional. "A empresa investiu nos últimos três anos cerca de R$ 30 bilhões, sendo grande parte disso para a Olimpíada", afirmou Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da América Móvil Brasil - que controla a Claro - para o mercado pessoal.

A Oi também registrou crescimento significativo. O tráfego de dados por usuário estrangeiro aumentou 294% na comparação entre 13 dias da Olimpíada e o mesmo período da Copa do Mundo.

Além da maior utilização do 4G, a operadora atribui o resultado à evolução dos celulares. "Desde a Copa do Mundo o número de celulares 4G cresceu dez vezes", afirma José Claudio Gonçalves, diretor de operações da Oi.

"Na época da Copa, o 4G mal havia sido lançado. Com velocidade maior, é natural que você acesse mais dados em menos tempo", diz Samuel Rodrigues, analista de telecomunicações da consultoria IDC.

Outro fator que influencia, segundo o analista, é o pacote de dados oferecido aos estrangeiros: no caso da Claro, a operadora oferecia apenas 300 MB de dados em 2014, mas agora entrega 4 GB. "Com a expansão dos pacotes, é natural que o usuário gaste mais", avalia Rodrigues.

É preciso levar em conta também que o volume de tráfego gerado pelos estrangeiros é superior à média do usuário comum brasileiro, já que nos Estados Unidos, Ásia e Europa os planos de internet incluem pacotes de dados mais generosos.

Os dados surpreendem, já que o número de turistas estrangeiros na Olimpíada é bastante inferior ao da Copa do Mundo. Segundo números do Ministério do Turismo, 1,05 milhão de turistas vieram ao País no evento de 2014. Na Olimpíada, a estimativa é de que 350 mil a 500 mil estrangeiros estejam no Brasil.

A operadora TIM não informou o levantamento sobre o tráfego de dados gerado por estrangeiros, mas declarou importante aumento do uso do 4G em sua rede nos três primeiros dias da competição, sem especificar números.

Segundo a empresa, durante a abertura no Maracanã e nos dias de competição no Parque Olímpico, mais de 70% dos clientes da TIM se conectaram a redes 4G. A Vivo informou que houve grande variação do tráfego de dados entre o período atual e o anterior ao evento, mas não comparou o volume em relação à Copa.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFutebolIndústria eletroeletrônicaInternet móvelOlimpíada 2016OlimpíadasSmartphones

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble