No total, as companhias telefônicas foram as primeiras da lista de queixas em 14 de 23 estados (Marcelo Correa/EXAME)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2012 às 20h40.
Rio de Janeiro - A Oi está confiante em avançar no mercado de TV por assinatura e mira dobrar sua base de assinantes para 1 milhão de clientes até o fim de 2013, afirmou à Reuters nesta quinta-feira o diretor da Oi TV, Ariel Dascal.
A maior operadora de telefonia fixa do Brasil ainda é iniciante no segmento de televisão paga, com apenas 3,2 por cento de participação de mercado.
A estratégia é elevar sua base de clientes no setor com a oferta de pacotes completos de serviços de telecomunicações para residências.
"Nossa meta é quanto mais melhor, estamos muito ambiciosos, queremos crescer, a gente acha que 'player' de TV com menos de 1 milhão de assinantes é um 'player' ainda sem muita significância", disse Dascal.
"Com certeza a gente chega lá", afirmou o executivo, ao ser questionado se a empresa conseguirá alcançar esse número até o fim do ano que vem.
A Oi tinha em maio quase 460 mil assinantes de TV paga, de um total de clientes desse serviço no Brasil de 14,3 milhões, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações.
O setor é liderado pela Net/Embratel, do grupo mexicano América Móvil, com mais de 50 por cento de market share. A Oi ocupa a quarta posição, atrás ainda de Sky/Directv e Telefônica/Abril, segunda e terceira colocadas, respectivamente.
"Em TV estamos em uma fase de 'start up' praticamente ainda", comentou o diretor da Oi TV, acrescentando que o segmento deve ganhar relevância dentro do grupo. "A TV é importante na estratégia da Oi." APOSTA EM IPTV A Oi aposta no iminente lançamento de seus serviços de IPTV -que utiliza protocolo de Internet para transmissão de conteúdo- e está investindo em fibra ótica para isso.
Em abril, ao anunciar o plano de investimentos de 6 bilhões de reais por ano até 2015, o presidente da companhia, Francisco Valim, afirmou que espera lançar seus serviços de IPTV até o fim deste ano.
Para crescer com menos riscos, a companhia enxerga a oferta de serviços combinados -unindo TV paga, banda larga e telefonia fixa- com uma forma de fidelizar clientes em um único provedor.
"A gente entende que as residências precisam de uma solução completa... A maioria das famílias busca isso, não múltiplos fornecedores", disse o diretor da Oi TV.
A amplitude geográfica da Oi também deve ajudar a operadora a conquistar clientes -com sua rede fixa, o grupo não está presente apenas em São Paulo.
Perguntado sobre as margens do segmento, que podem ser apertadas no início da operação devido aos altos investimentos, Dascal respondeu: "O negócio de TV, como qualquer de telecomunicações, é turbulento, envolve muito investimento. Ninguém entra no negócio de TV para ter retorno imediato".
Ele disse que dados de receita médio por usuário (Arpu) e de cancelamento sobre a base total de assinantes (Churn) mostraram melhora recentemente, embora não tenha fornecido números.