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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
São Paulo - A empresa de telecomunicações Oi pediu a quantia de 27 bilhões de reais em benefícios e incentivos federais para comandar a universalização do Programa Nacional de Banda Larga, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
Ainda segundo o jornal, a equipe do presidente Luis Inácio Lula da Silva classificou a proposta como "inaceitável", o que reforça a chance da Telebrás receber a tarefa de guiar a banda larga no país.
Nas próximas semanas, ao que tudo indica, a área técnica do governo levará o projeto final ao presidente com o investimento federal de 6 bilhões de reais até 2014, a fim de montar a estrutura de uma rede pública no país.
O valor pedido pela Oi, que tem 49% pertencente a estatais ou paraestatais, deve trazer a rejeição até mesmo do Tesouro Nacional, antes resistente a ideia de apoiar a Telebrás.
Na previsão do Programa Nacional de Banda Larga, a Telebrás deve administrar a rede de cabos de fibras ópticas que irá conectar as regiões do país, no entanto, sem operá-la esta tarefa deve ser definida por licitação e, possivelmente, escolherá um grande fornecedor de equipamentos, como a já interessada Alcatel.
O modelo misto do projeto também prevê a entrada das empresas de telefonia como parceiras do plano, sendo responsáveis pela compra de acesso na rede pública e venda do serviço de internet ao consumidor final. Com isso, o governo pretende fomentar a competição, como o presidente da Claro, João Cox, declarou preferir na semana passada.
De acordo com as intenções do governo reveladas pela Folha, o Plano deve oferecer ao público dois pacotes: um de 35 reais e outro de 15 reais, ambos com 512 kbps.
Já pela proposta da Oi, a empresa bancaria todo o serviço de universalização, da montagem da rede à venda do serviço ao consumidor, com preços de acesso à banda larga de 35 reais a clientes e 60 reais para os demais via serviço móvel.
A previsão é que a rede pública, que hoje possui 23 mil quilômetros de fibra ótica, atinja 31 mil quilômetros de cabos até 2014.