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Obra de ciclovia na Paulista será concluída só em 2015

A nova previsão é justificada por uma ampliação do projeto e consulta a órgãos de defesa do patrimônio histórico

Avenida Paulista:  CUT aceitou que os shows em comemoração ao 1º de maio não sejam realizados na avenida (Foto/Wikimedia Commons)

Avenida Paulista: CUT aceitou que os shows em comemoração ao 1º de maio não sejam realizados na avenida (Foto/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 11h53.

A implantação de uma ciclovia no canteiro central da Avenida Paulista, inicialmente prevista para ser finalizada antes do final deste ano, poderá ser concluída somente em 2015. A nova previsão é do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, e é justificada por uma ampliação do projeto e consulta a órgãos de defesa do patrimônio histórico.

Na manhã desta quarta-feira, 3, Tatto disse que "talvez não dê para fazer tudo este ano". Ele destacou a ampliação do projeto solicitada pelo prefeito Fernando Haddad (PT). "Ele pediu para ampliar, fazer o aterramento da fiação na Avenida Bernardino de Campos e continuar a ciclovia lá", afirmou o secretário.

Tatto acrescentou a necessidade de conexões da ciclovia entre a Paulista e a Bernardino de Campos, assim como os cruzamentos avenidas e ruas transversais.

A nova expectativa é de que todo o projeto seja finalizado antes do final do primeiro semestre de 2015. "Vamos fazer todo o eixo até junho do ano que vem. Quando se fala em ciclovia, você não pode pensar só naquele trechinho da Praça Osvaldo Cruz até a Consolação", disse Tatto.

Na Paulista, a ciclovia ficará em um nível um pouco mais elevado do que a avenida, que não perderá as faixas para veículos motorizados, embora elas percam um pouco da sua largura, já que o canteiro central crescerá 25 centímetros em cada lado.

Além da ampliação do projeto, outro fator que pode representar atraso no cronograma é a consulta a órgãos de defesa do patrimônio histórico.

Informações publicadas pela Folha de S.Paulo nesta quarta indicam que órgãos como os conselhos estadual e municipal do patrimônio e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vão requisitar a apresentação do projeto para avaliação e aprovação.

Na Paulista, estão situados prédios tombados como o do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Conjunto Nacional, o que obrigaria qualquer obra em seus entornos a passarem por análise.

O secretário de Transportes disse que "nunca tinha pensado" na necessidade de apresentar o projeto às entidades, mas que agora consultará os órgãos. "Vou entrar em contato com eles e apresentar o projeto de ciclovias", afirmou.

Tatto acrescentou sua desconfiança sobre a necessidade da análise. "É como se para fazer faixa exclusiva você precisasse de autorização. Não precisou. Ciclovia é um meio não motorizado, que não agride, não polui. Acho eu que não precisa", disse.

O secretário não se mostrou preocupado com atrasos que poderiam ser provocados por trâmites nos órgãos de patrimônio. "Nós vamos fazendo as outras conexões e quando começarmos aquele trecho da Paulista, todo o resto já estará pronto", esclareceu.

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