Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: político defendeu com veemência o programa de vigilância, que diz ser necessário para proteger contra possíveis ataques terroristas (Thomas Peter/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2013 às 09h52.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, vai se reunir na sexta-feira com membros do Conselho de Supervisão da Privacidade e das Liberdades Civis para tentar tranquilizar cidadãos preocupados com as revelações sobre os programas governamentais de espionagem na Internet e nas comunicações telefônicas.
O conselho, formado por cinco integrantes, está praticamente inerte desde 2008, e na quarta-feira realizou sua primeira reunião plena desde que o Senado confirmou David Medine como seu presidente, no mês passado.
A tarefa do conselho é rever as ações que o governo adota para proteger a segurança nacional, mas equilibrando-as com a necessidade de proteger a privacidade e as liberdades civis.
Obama, em entrevista na segunda-feira ao jornalista Charlie Rose, do canal público PBS, defendeu com veemência o programa de vigilância, que ele disse ser necessário para proteger contra possíveis ataques terroristas, mas se comprometeu em assegurar que os americanos preservaram seu direito à privacidade.
O índice de aprovação de Obama despencou em algumas pesquisas de opinião, e as revelações sobre os programas de espionagem da Agência de Segurança Nacional foram citadas como uma das razões.
Medine disse à Reuters na quarta-feira que o conselho pretende realizar um evento público por volta de 9 de julho para receber orientações jurídicas de especialistas, acadêmicos e ativistas.
Com base no que ficamos sabendo até agora, o conselho acredita que novas questões são justificadas, disse Medine, que foi sócio do escritório de direito WilmerHale e diretor-associado da Comissão Federal de Comércio.
A Casa Branca já anunciou medidas para tentar revelar mais informações sobre ações realizadas pela Corte de Vigilância da Inteligência Estrangeira, tribunal secreto que supervisiona solicitações para mandados de vigilância contra suspeitos estrangeiros dentro dos EUA.