Zuckerberg na F8: em 2019, conferência foi palco de grandes mudanças na rede social (David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 2 de junho de 2021 às 06h00.
A conferência do Facebook para desenvolvedores está de volta nesta quarta-feira, 2. O evento foi cancelado no ano passado à luz da pandemia de covid-19 e o Facebook decidiu anunciar o que estava fazendo para promover a conexão das pessoas no decorrer do ano.
Este ano, o evento acontece virtualmente e qualquer pessoa poderá acompanhar as novidades que a empresa planejou para a rede social. Tradicionalmente, o evento é usado para fazer grandes anúncios do Facebook.
Foi na última edição, em 2019, por exemplo, que Zuckerberg deu um famoso discurso sobre o "futuro ser privado", após escrutínio em torno de vazamentos e mau uso dos dados da plataforma durante as campanhas presidenciais de 2016 nos Estados Unidos. Também foi na F8 que o Instagram primeiro anunciou que iria testar remover a quantia de likes da plataforma para reduzir a pressão sobre as redes sociais.
Apesar disso, a edição deste ano deve ser mais focada em ferramentas e utilidades para os desenvolvedores de plataformas do Facebook e empresas parceiras. O evento deve trazer anúncios em frentes que a rede social tem investido pesado nos últimos meses, como soluções para vendas por chat, envio e recebimento de dinheiro e funções para comércio.
Com a pandemia, muitas lojas acabaram dependendo das ferramentas do Facebook para operar e interagir com consumidores. O Instagram virou vitrine e o Facebook e WhatsApp, canais de atendimento. Recentemente, o WhatsApp passou inclusive a permitir enviar e receber dinheiro no Brasil.
Além disso, a empresa tem aberto APIs — sigla em inglês para interface de programação de aplicação, uma tecnologia que permite a uma empresa abrir o acesso a suas plataformas de maneira segura — e habilitando cada vez mais parceiros.
O Facebook também realiza apresentações de realidade virtual durante o F8, junto com novos anúncios da Oculus, sua empresa de óculos de realidade virtual e aumentada. No ano passado, uma das frentes da empresa nessa área apresentou uma pulseira que permitia interações virtuais com uso de impulsos elétricos cerebrais.