Tecnologia

O que o Brasil pode fazer em mobile e não está fazendo?

Head de mobile da F.Biz reuniu imprensa na sede da agência, em São Paulo, para mostrar cases desenvolvidos e aplicados com sucesso nas plataformas móveis


	Smartphones: case que chamou atenção do publicitário nos EUA é o app da varejista Target
 (Getty Images)

Smartphones: case que chamou atenção do publicitário nos EUA é o app da varejista Target (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 16h47.

São Paulo - Na manhã desta terça-feira (2), o head de mobile da F.Biz, Marcelo Castelo, reuniu a imprensa especializada na sede da agência, em São Paulo, para mostrar cases desenvolvidos e aplicados com sucesso nas plataformas móveis.

O profissional, que está há dois anos alocado em Miami (Estados Unidos) e já trafega por esse "universo móvel" há praticamente uma década, ressaltou que o critério para exibir esses trabalhos foi exatamente a capacidade de reproduzi-los no mercado brasileiro.

O primeiro assunto? As possíveis barreiras tecnológicas. Para Castelo, em termos de penetração com o público, por exemplo, isso já não representa problema algum.

"Precisamos parar com o complexo de vira-latas. Temos a quinta maior base de smartphones do mundo, com 90 milhões de usuários, a nossa internet móvel tem preços cada vez mais populares e a nossa infraestrutura de rede e conexão é parecida com a que eu vivencio nos Estados Unidos", explicou.

Entre os cases apresentados, a maioria com foco em serviços e uma estratégia muito clara de fidelização, Castelo destacou o Apple Pay, o sistema de pagamentos criado recentemente pela empresa fundada por Steve Jobs.

Com ele, o usuário pode dispensar a carteira ao utilizar a internet do aparelho e autenticar a transação com a ajuda do sensor biométrico do iPhone.

"Para a Apple é interessante, já que ela fica com um percentual da transação. E por outro lado, para o consumidor é até mais prático, rápido e seguro que o pagamento tradicional com cartão. E ainda por cima ele continua tendo os mesmos benefícios com o banco. Isso tudo sem contar que a Apple pode começar em breve a oferecer alguns benefícios para fidelizar o consumidor, oferecendo um crédito na Apple Store, por exemplo", comenta o head de mobile.

Outro case que chamou a atenção do publicitário nos Estados Unidos é o aplicativo da varejista Target.

Ao baixá-lo, o consumidor tem praticamente o mapa da loja em suas mãos. Basta escolher o produto e o app te mostra o preço, as atribuições e ainda lhe dá as coordenadas para chegar até o item nas gôndolas.

Caso o produto não esteja disponível, a ferramenta também mostra qual é a loja mais próxima para encontrá-lo.

Também é possível criar a sua lista de compras, pagar via Apple Pay, aproveitar cupons virtuais de desconto e apenas pegar os produtos para sair da loja via Checkout Express, ou seja, sem filas, já que o pagamento já foi realizado.

Para que tudo isso funcione ainda melhor, o gigante varejista está instalando a tecnologia de beacons em suas lojas, uma espécie de GPS Indoor.

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Interessante lembrar que, além da praticidade que esses aplicativos proporcionam, há sempre algum tipo de recompensa para quem os utiliza.

Um bom exemplo apontado por Marcelo Castelo é o app da Starbucks, o qual confessa utilizar em 100% de suas compras na rede de cafeterias.

"Antigamente eles não faziam ideia de quem eu era e nunca tinham me oferecido qualquer beneficio por ser um cliente fiel. Quando baixei o aplicativo, embora tivesse que fazer um pré-pagamento de 10 US$ dólares, comecei a ganhar refis ilimitados e ainda receber informações sobre ofertas e lojas mais próximas", conta Castelo.

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Entre outros cases interessantes, o publicitário destacou o aplicativo da American Airlines.

O app permite check-in online, envia notificações sobre possíveis atrasos no voo e mudanças no portão de embarque, além de encaminhar um e-mail ao passageiro logo após o pouso com informações e o número da esteira onde é necessário retirar sua bagagem.

Após mencionar esses e outros trabalhos interessantes, com a ajuda dos Co-CEOs da F.Biz, Roberto Grosman e Pedro Reiss, Castelo falou sobre alguns dos principais entraves de sempre para o desenvolvimento ainda mais rápido do mercado mobile (e o digital como um todo) no Brasil.

Entre os ponto críticos estão o ecossistema de inovação e formação de novos talentos da tecnologia e a remuneração do mercado ainda baseada nas mídias tradicionais.

Contudo, para os lideres da agência, uma forte mudança já está acontecendo e a evolução é apenas uma questão de tempo. Para Castelo, o GP de Mobile conquistado pelo Brasil neste ano, com uma campanha da FCB Brasil para a Nivea, pode jogar um holofote ainda maior nessa questão.

A F.Biz parece já estar nessa era, com todo o background e a facilidade de ter nascido digital.

Seguindo essa linha, a agência mantém o discurso de ser aberta, prezar o consumidor no centro das questões e unir criação, planejamento e tecnologia para criar soluções para os clientes, independente do meio.

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