Covid-19: veja como empresas de tecnologia estão se posicionando diante da pandemia do novo coronavírus (Getty Images/Reprodução)
Maria Eduarda Cury
Publicado em 26 de março de 2020 às 16h35.
Última atualização em 2 de abril de 2020 às 12h16.
Em todo o mundo, governos e organizações estão incentivando a mobilização e a paralisação para ajudar a conter a disseminação do novo coronavírus, causador da doença chamada de covid-19. Além de órgãos oficiais, também foi requisitado que comércios particulares fechassem temporariamente ou diminuíssem o ritmo de suas atividades.
Tentando aliviar a situação, grandes empresas de tecnologia começaram a realizar ações e projetos que pudessem, de alguma forma, ajudar a disseminar informação ou incentivar que as pessoas para que permaneçam em casa.
Confira, abaixo, o que algumas empresas fizeram até o momento.
Microsoft
A companhia cofundada por Bill Gates foi uma das primeiras a oferecer seus serviços para ajudar a combater a desinformação. Por meio de um mapa em tempo real, a empresa transmite, de forma gratuita, o número de casos em todo o mundo. Além disso, também é possível conferir o número de casos ativos, recuperados e mortes em cada país, além de ter acesso para as mais recentes notícias sobre a covid-19.
As principais plataformas de streaming anunciaram, nesta semana, que estarão realizando alterações na resolução do conteúdo transmitido para ajudar a aliviar os servidores. Netflix, Globoplay, YouTube, Facebook, Disney+ e Amazon estão entre as companhias que anunciaram uma redução de cerca de 25% no tráfego da plataforma, deixando os serviços mais rápidos. Elas apontaram, porém, que os assinantes de seus produtos continuarão recebendo as qualidades de exibição pelas quais pagaram.
Além de diminuir a resolução dos vídeos da plataforma, a empresa de Mark Zuckerberg também está mobilizando outras áreas de seu website. Para tentar diminuir a desinformação presente na rede social, a companhia está direcionando usuários a sites oficiais de governos. A rede social também conta, desde a semana passada, com uma aba denominada "Centro de Informação Sobre o Coronavírus" em países europeus, para concentrar informações verificadas sobre a progressão da pandemia.
Procurando formas práticas e eficientes de diminuir o número de infectados, a desenvolvedora de jogos japonesa Nintendo distribuiu 9.500 máscaras para residentes da cidade de North Bend, em Washington, nos EUA - onde é localizada uma de suas sedes. A prefeitura da cidade comentou que as máscaras eram para reserva de emergência empresarial, mas que a doação veio em momento de urgência: "Esta crise é sem precedentes. A segurança dos membros da comunidade é fundamental em nossa missão diária. As comunidades atendidas pelo Corpo de Bombeiros de North Bend apreciam profundamente a generosa doação da Nintendo", informou a prefeitura de Washington, em nota.
Criadora do iPhone, a Apple seguiu o mesmo exemplo da desenvolvedora, mas em uma escala maior - a companhia doou cerca de 9 milhões de máscaras para todo o território dos Estados Unidos. Mike Pence, vice-presidente do país, comentou sobre a ação para a imprensa. "Eu falei hoje, e o presidente falou na semana passada com Tim Cook, da Apple. E, nesse momento, a Apple foi às lojas e doou 9 milhões de máscaras para as unidades de saúde em todo o país, assim como para o estoque nacional", afirmou Pence.
Giga New York will reopen for ventilator production as soon as humanly possible. We will do anything in our power to help the citizens of New York.
— Elon Musk (@elonmusk) March 25, 2020
Na última quarta-feira, o presidente da montadora de veículos elétricos Tesla, Elon Musk, anunciou que a fábrica da empresa em Nova York irá reabrir o mais rápido possível. De acordo com ele, a intenção é produzir o maior número de máquinas de ventilação (também chamados de respiradores), para auxiliar os hospitais locais a tratarem dos pacientes que estão hospitalizados com o novo coronavírus. A produção será em parceria com a Medtronic, uma companhia de tecnologia voltada para a área médica nos Estados Unidos.
No caso do aplicativo sueco de streaming de músicas Spotify, o foco será auxiliar profissionais da música que foram prejudicados, de qualquer maneira, pela pandemia. Em parceria com as instituições MusiCares, PRS Foundation e Help Musicians, a empresa desenvolveu um site para arrecadar dinheiro para organizações que cuidam de artistas em situações precárias. A cada dólar doado para o site, a empresa dobrará o valor, com o objetivo de alcançar a marca de 10 milhões de dólares para as organizações citadas e demais instituições.
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