Tom Cook: O pagamento deste ano é maior do que o de 2017, quando ele recebeu 89 milhões de dólares em ações (Stephen Lam/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2018 às 06h02.
Última atualização em 24 de agosto de 2018 às 07h17.
Missão dada, missão cumprida, recompensa paga. E que recompensa. Tim Cook, presidente da gigante de tecnologia Apple, fica ainda mais rico nesta sexta-feira, recebendo 120 milhões de dólares em ações da empresa que no início deste mês foi a primeira companhia de capital aberto a alcançar o valor de 1 trilhão de dólares.
O pagamento, como é de se esperar, não vem de graça. Quando assumiu a empresa em 2011, no lugar do fundador Steve Jobs, Cook tinha em seu contrato um prêmio estabelecido pela performance da empresa. Metade das ações que ele recebe hoje estão condicionados ao fato de que a Apple valorizou mais do que dois terços do índice S&P 500 nos últimos três anos. Em 2018, os papéis já valorizam 27,3%. Em três anos, a alta é de 90,3%
O pagamento deste ano é maior do que o de 2017, quando recebeu 89 milhões de dólares em ações. E acompanha o bom momento da empresa: no segundo trimestre do ano, a Apple vendeu 41,3 milhões de aparelhos iPhone, número 1% maior do que a marca de 2017. Apesar disso, a empresa americana aumentou o faturamento em 20% na mesma comparação, já que o iPhone X, celular que comemora os 10 anos de lançamento do icônico aparelho, é vendido por um preço maior, de 1.000 dólares, o que aumentou os ganhos.
No segmento de serviços, — que responde por licenciamentos, além das vendas na loja de aplicativos, no serviço de streaming de música e na funcionalidade de pagamentos Apple Pay — a empresa também se sobressaiu, com um faturamento de 9,5 bilhões de dólares no trimestre terminado em junho, o maior já registrado.
Apesar do bônus recheado, Tim Cook não deve guardar tudo para si. Segundo informações da SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, o presidente já doou 23.000 ações, que valem 5 milhões de dólares, para a caridade na terça-feira.