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1. O informante
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1/15 (Reuters)
Nascido no estado americano da Carolina do Norte, Edward Snowden estudou ciência da computação e prestou serviços como funcionário terceirizado para a NSA, a Agência de Segurança Nacional, principal órgão de inteligência digital dos Estados Unidos. Ele também afirmou que trabalhou para a CIA, a Agência Central de Inteligência americana.
Após sair da agência, ele trabalhou na empresa de TI Booz Allen Hamilton, localizada no Havaí. Em maio deste ano, enviou uma série de documentos ultrassecretos a jornalistas e fugiu do arquipélago americano para a cidade de Hong Kong.
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2. As reportagens
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2/15 (Reprodução)
Em junho, os documentos vazados por Snowden são publicados em primeira mão no jornal inglês The Guardian. A reportagem revela que a empresa de telecomunicações Verizon foi obrigada pelo governo a fornecer milhões de registros telefônicos feitos por cidadãos americanos. Outra notícia informa a existência do PRISM, nome dado ao programa desenvolvido pela Agência Nacional de Segurança americana para revelar informações de pessoas em todo o mundo que utilizam serviços de grande empresas dos Estados Unidos, como Apple, Microsoft, Google e Facebook.
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3. Revelação pública
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3/15 (Reuters)
Em Hong Kong, Edward Snowden aparece ao público no dia 9 de junho e afirma que foi o responsável pelo vazamento. O jornalista americano Glenn Greenwald, que mora no Rio de Janeiro, obtém das mãos do ex-funcionário da NSA outros documentos secretos que revelam operações de espionagem realizadas pelo governo americano.
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4. Nova fuga
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4/15 (Reprodução)
Após o governo chinês receber um pedido formal dos Estados Unidos para a extradição de Snowden, o americano foge de Hong Kong. No dia 23 de junho ele aparece em Moscou, capital da Rússa, na zona de trânsito do Aeroporto Sheremetievo.
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5. Com cara de Guerra Fria
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5/15 (Reuters)
Os Estados Unidos alertaram a Rússia para que Edward Snowden não abandone Moscou. John Kerry, secretário de Estado americano, afirmou que seria profundamente problemático se a Rússia permitisse a fuga do ex-funcionário da NSA. O presidente russo Vladimir Putin disse que Moscou não entregaria Snowden aos Estados Unidos.
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6. Quem quer Snowden?
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6/15 (Reuters)
Sem um visto russo, Edward Snowden busca alternativas para que outros países do mundo concedam asilo político enquanto aguarda na zona de trânsito do Aeroporto Sheremetievo. Nicarágua, Equador, Bolívia, Cuba e Venezuela são considerados possíveis destinos para o informante. No dia 23 de junho, o governo equatoriano, liderado pelo presidente Rafael Correa, recebe um pedido formal de asilo.
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7. Incidente diplomático
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7/15 (Reuters)
No dia 3 de julho, Espanha, Portugal, Itália e França não concedem permissão para que o avião do presidente boliviano Evo Morales sobrevoe o espaço aéreo de seus países. Eles suspeitavam que Snowden estava na aeronave, que tinha partido de Moscou.
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8. Mais denúncias
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8/15 (Photo Pin)
Reportagens publicadas ao longo de julho revelam outras informações sobre a espionagem realizada pelos Estados Unidos. De acordo com os documentos, as agências de inteligência retiraram informações confidenciais das embaixadas de países da União Europeia e Oriente Médio. Representantes do governo francês fizeram um pedido ao parlamento europeu para que as negociações comerciais com os Estados Unidos fossem congeladas até o esclarecimento das denúncias.
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9. De olho no Brasil
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9/15 (Reprodução)
Uma reportagem publicada no início de julho pelo periódico O Globo informa que o Brasil também foi alvo da espionagem americana, sendo o país mais vigiado na América Latina. De acordo com informações divulgadas por Glenn Greenwald, milhões de telefonemas e e-mails de cidadãos brasileiros passaram pela análise da NSA.
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10. Acolhida russa
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10/15 (Reprodução)
No dia 1º de agosto, o governo russo finalmente concede um asilo temporário a Snowden e o ex-funcionário da NSA deixa o Aeroporto Sheremetievo. Em posse do documento, que expira em 31 de julho de 2014, o americano se dirige a um local "seguro e não revelado".
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11. Detenção
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11/15 (Reuters)
O brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista Glenn Greenwald, foi interrogado no dia 18 de agosto no aeroporto de Heathrow, em Londres. Ele fazia uma escala de uma viagem entre Berlim e Rio de Janeiro e foi detido por conta da lei britânica antiterrorismo.
Em resposta, Greenwald afirmou que o caso foi uma intimidação do governo inglês por conta do seu ativismo na divulgação dos documentos secretos.
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12. Crime e castigo
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12/15 (Reuters)
Durante as denúncias de espionagem, o soldado americano Bradley Manning foi condenado no dia 21 de agosto a 35 anos de prisão e expulsão do exército com desonra por conta do vazamento de documentos secretos do governo para o Wikileaks, fundada pelo australiano Julian Assange. Durante o imbróglio diplomático, o ciberativista defendeu publicamente Snowden e o chamou de "herói".
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13. Resposta brasileira
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13/15 (Agência Brasil)
No último dia 28 de agosto, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, se reuniu com representantes do governo americano para discutir a espionagem da NSA. John Kerry, secretário de Estado dos Estados Unidos, também esteve no Brasil para esclarecer os casos de vigilância a cidadãos brasileiros. Mesmo assim, a justificativa do político "não foi considerada satisfatória" pela diplomacia nacional.
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14. Espionagem presidencial
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14/15 (Agência Brasil)
Uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, divulgada no dia 1º de setembro revela que a presidente Dilma Rousseff também foi vigiada pelos americanos, assim como seus assessores mais próximos. Um dia após a divulgação, a mandatária brasileira convocou uma reunião extraordinária com os ministros de seu governo. Luiz Alberto Figueiredo, ministro de Relações Exteriores, também se reuniu com o embaixador americano no país.
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15. Veja também:
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15/15 (Reprodução)