Redatora
Publicado em 1 de abril de 2025 às 14h12.
Última atualização em 1 de abril de 2025 às 14h13.
O LinkedIn deixou de ser apenas um espaço para busca de emprego e passou a atuar como uma plataforma de conteúdo profissional, em linha com redes como o TikTok. A mudança ocorre em um momento em que a autopromoção se tornou parte do trabalho e influenciou diretamente as estratégias da rede social, hoje focada em engajamento e alcance de publicações.
O modelo anterior, centrado no envio de currículos e no contato direto com recrutadores, deu lugar a um formato no qual o conteúdo é o principal cartão de visitas. A rede passou a privilegiar perfis que produzem de forma consistente — o que significa, em muitos casos, mais de 50 comentários por dia e várias postagens semanais.
Apesar do aumento de conteúdo, o número de usuários com alta taxa de engajamento ainda é pequeno. Isso torna a construção de uma base de seguidores relevante para alcançar visualizações. No entanto, a busca por visibilidade pode ter efeito reverso: o aumento da audiência amplia o alcance, mas também atrai críticas de fora da área de atuação, o que afeta a experiência de quem publica.
Com algoritmos voltados a destacar postagens com alto nível de interação, o LinkedIn passou a se basear em métricas de engajamento para promover conteúdos. A prática favorece quem comenta com frequência e mantém um ritmo elevado de publicações — o que se aproxima do comportamento esperado em plataformas como TikTok e Instagram.
Ainda que o novo modelo eleve o potencial de visibilidade, ele também exige esforço constante e pode gerar desgaste. O resultado é uma rede em que o sucesso depende menos da posição profissional e mais da presença digital sustentada.