Pesquisa: 280 milhões de pessoas em todo o planeta são consideradas viciadas em smartphones (gpointstudio/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2015 às 10h24.
São Paulo -- Um estudo conduzido pelo instituto de pesquisas norte-americano Flurry Analytics aponta que o número de pessoas viciadas em smartphones cresceu quase 60% entre 2014 e 2015. No total, são 280 milhões de pessoas consideradas pelo estudo como viciadas no dispositivo móvel, contra 176 milhões registradas em 2014.
Se fossem reunidos em um país, os viciados em smartphones já seriam a quarta maior nação do mundo, atrás da China, Índia e EUA e à frente da Indonésia.
A pesquisa foi baseada em informações colhidas de apps usados em uma base total de 1,8 bilhão de smartphones ao redor do mundo. O grupo de viciados cresceu 59% em comparação a 2014, quando o total era de 176 milhões de viciados.
São considerados viciados em smartphone pessoas que usam aplicativos mais de 60 vezes por dia. O número foi estabelecido pela Flurry Analytics após identificar em um estudo que, em média, cada usuário abre um app dez vezes por dia. Os viciados seriam, portanto, aqueles que usam esses apps seis vezes mais do que a média.
São classificadas como "normais" as pessoas que usam apps até 16 vezes por dia (985 milhões, alta de 25%) e chamados de "super" usuários aquele que abrem apps entre 16 e 60 vezes por dia (590 milhões, alta de 34% na comparação com o ano anterior).
Os aplicativos favoritos dos viciados são apps de mensagens e os sociais, usados 556% mais vezes por esse grupo do que por usuários comuns. Isso significa que eles acessam 6,5 vezes mais serviços como o Facebook, WhatsApp e o Twitter do que a média de usuários da web.
Em seguida, aparecem como favoritos os apps utilitários e de produtividade (usados 427% mais pelos viciados do que pela média dos donos de smartphones), jogos (usados 202% mais pelos viciados), finanças (usados 155% mais) e notícias (usados 102% mais).
A Flurry Analytics diz que o levantamento mostra que o vício em smartphones não é um fenômeno restrito aos Estados Unidos - onde uma pesquisa recente do Bank of America apontou que 71% dos norte-americanos dormem ao lado de seus smartphones -, mas uma tendência global.