Tecnologia

Número de profissionais em cargos de cibersegurança cresceu 4,5% entre 2023 e 2024

Segundo levantamento do LinkedIn, proporção de mulheres na cibersegurança no Brasil cresce 4,45%, a maior do mundo; setor poderia crescer 41,7% se todos os qualificados estivessem empregados na área

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 11h43.

Última atualização em 2 de agosto de 2024 às 12h49.

Segundo uma nova pesquisa do LinkedIn, o setor de cibersegurança no Brasil mostrou um crescimento notável entre maio de 2023 e maio de 2024. Os dados do LinkedIn Economic Graph, relatório que leva em conta informações públicas disponíveis nos perfis de usuários(as) da plataforma ao redor do mundo, mostram que a proporção de profissionais trabalhando em cargos de cibersegurança no país cresceu 4,5%, quando comparado a outros setores, ficando atrás apenas da Alemanha, onde o crescimento foi de 4,7%, e da Espanha, onde o aumento foi de 5,5%.

Apesar do crescimento significativo, ainda existe espaço para melhorias e expansão desses postos de trabalho. O relatório revela que, se todos os profissionais brasileiros com habilidades ou certificações em cibersegurança estivessem trabalhando na área, o setor poderia potencialmente crescer 41,7%, suprindo uma parte significativa da demanda por especialistas.

O Brasil está se movimentando para melhorar também a equidade de gênero, especialmente relevante para o setor. Embora a área continue sendo dominada por homens, que ainda ocupam 80% dos cargos em cibersegurança, a participação das brasileiras foi a que mais cresceu no mundo, com um aumento de 4,45% no período, seguidas pelas polonesas, com 3,55%. Globalmente, as mulheres são menos de um terço da força de trabalho na área. Mesmo em países onde se destacam, como Itália, onde 26,7% do setor é composto por mulheres, Singapura (26,2%) e Canadá (21,2%), o mercado ainda tem espaço para avanço.

O Brasil também lidera a lista de países onde a proporção de vagas em cibersegurança, em comparação com outros setores, cresceu na soma dos últimos quatro anos, atingindo 11,2%. No entanto, a proporção de anúncio de novas vagas diminuiu 2,3% entre 2023 e 2024, assim como em quase todos os 14 países avaliados no relatório.

A maior queda nas novas contratações foi nos Estados Unidos, onde o número de vagas diminuiu 5,3%. Por outro lado, o relatório mostrou destaques positivos como o crescimento na Espanha, onde houve um aumento de 5,4%, e no México, que viu as contratações crescerem 6,8% entre 2023 e 2024.

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