Feira: um dos assuntos que mais foram debatidos durante o evento foi a tecnologia de transmissão de dados 5G
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2018 às 06h15.
Última atualização em 1 de março de 2018 às 06h53.
Chega ao fim nesta quinta-feira em Barcelona o Mobile World Congress, maior evento de celulares e tecnologias móveis do mundo, reunindo empresas de tecnologia, fabricantes e companhias de telecomunicações para apresentar o que há de mais novo no setor.
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Apesar de ser tradicionalmente um evento onde muitas empresas aproveitam para lançar seus novos aparelhos topo de linha, a edição deste ano foi marcada mais pela falta de lançamentos.
A fabricante chinesa Huawei não tinha um telefone topo de linha, a LG relançou seu melhor celular e tanto Motorola quanto HTC sequer apresentaram qualquer tipo de aparelho.
Sobrou para a Samsung roubar a cena, lançando o esperado Galaxy S9, um aparelho que muitos esperam vender mais do que o anterior, o Galaxy S8, que atingiu uma marca de 38 milhões de unidades vendidas.
O S9 tem uma tela com melhor resolução e detalhe, melhor processador e uma câmera com sensores melhorados. A Nokia lançou um celular retrô, o 8110, conhecido como o “banana phone” da franquia de cinema Matrix — desta vez o aparelho vem na cor amarela, com alguns apps como Google Maps e Facebook.
Aparelhos à parte, um dos assuntos que mais foram debatidos durante o evento foi a tecnologia de transmissão de dados 5G. A fabricante de processadores Intel anunciou que está trabalhando com empresas como Dell, HP e Microsoft para adaptar laptops para a tecnologia, que aumenta a velocidade de navegação e diminui o tempo de resposta da conexão.
Acredita-se que o modelo de conexão estará disponível amplamente para consumidores a partir de 2020. A operadora de telefonia americana Sprint prometeu levar o 5G para Los Angeles, Washington, Chicago e outras três cidades dos Estados Unidos até abril. As operadora AT&T e T-Mobile disseram que iriam levar a tecnologia para 12 e 30 cidades, respectivamente, até o final de 2018.
Enquanto o mundo se vira para um novo tipo de conexão, mais eficiente e segura, no Brasil ainda enfrentamos problemas com burocracia e entraves na liberação de antenas para melhora de sinal e ausência de infraestrutura de telecomunicação.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Infraestrutura para as Telecomunicações (Abrintel) leva quase 5 anos para completar o processo de licenciamento de uma nova antena em São Paulo, cidade que precisaria de três vezes mais o número de antenas que tem hoje para atender à demanda.
Celulares como o S9 devem estar nas lojas brasileiras nos próximos meses, já o 5G deve demorar para chegar por aqui.