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Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 17h44.
O integrante mais básico da linha Moto, da Motorola, foi lançado em 13 de maio de 2014, numa época em que a Copa do Mundo era o tema central das campanhas de marketing de uma série de empresas. Por isso, o primeiro Moto E teve apelo comercial pelo fato de ter TV digital padrão 1-seg e ser vendido por cerca de 600 reais. O aparelho se destacou entre os produtos de baixo custo também por vir com o sistema Android 4.4 KitKat, algo que muitos aparelhos mais caros não tinha à época. Agora, a Motorola deu mais potência e conexão 4G ao Moto E, tornando o gadget um forte concorrente na gama de smartphones intermediários.
O smartphone agora tem CPU quad-core e roda sistema Android 5.0 Lollipop. Assim como aconteceu no passado, o Moto E se destaca por ter o software mais recente do Google enquanto produtos topo de linha, como o Galaxy Note Edge, ainda não receberam o update. Em parte, isso se deve às poucas modificações realizadas no sistema e em parte por conta da agilidade da equipe de engenharia de software da Motorola.
O Moto E é agora um Moto G para quem quer tela pequena e 4G. Mas esse consumidor não pode ter entre seus pré-requisitos de compra uma câmera de qualidade. As fotos tiradas com o aparelho não têm boa qualidade e a câmera principal peca por não ter flash. Ainda assim, a potência do produto é algo que o faz valer a pena para quem não quer gastar muito em um smartphone. Em nossos testes, o Moto E chegou a ser mais potente do que o Galaxy A5, da Samsung, que tem Android KitKat e custa 1 500 reais no Brasil.
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À primeira vista, o design do Moto E não mudou muito. Ele continua com pontas arredondadas, tela pequena e uma ótima ergonomia. Basta um olhar mais atento para notar que as entradas para chips e cartão de memória agora estão escondidas por uma borda removível, que pode ser substituída por outra de cor diferente. São as bands. Em vez de oferecer a troca de capas, como o Moto G Colors, o novo Moto E tem duas edições que vêm com mais duas bands (uma delas foi analisada pelo INFOlab). As cores padrão são branca ou preta e as opcionais são turquesa e verde.
A tela do Moto E continua com baixa resolução. São 540 por 960 pixels, o padrão conhecido como qHD. Cuidado para não confundir: o qHD não é o Quad HD, que é um padrão de qualidade de imagem muito melhor, são 2 560 por 1 440 pixels. O lado bom do display é que ele continua com 4,5 polegadas, um tamanho que virou raridade entre os smartphones atuais.
Algo extremamente útil, apesar de não ter tanta ligação assim com o quesito design, é que o produto tem ativação de tela por acelerômetro. Isso quer dizer que a tela será ligada quando você puxar o Moto E para fora do bolso ou da bolsa. Se você é daqueles que abandonou o relógio de pulso quando os celulares ficaram inteligentes, essa função é especialmente útil. Se não, talvez você reconsidere o uso do relógio depois de comprar um Moto E.
Assim como em todos os smartphones atuais da Motorola, não há botão dedicado para a câmera. A empresa supriu essa deficiência utilizando uma combinação de hardware e software: ao balançar o smartphone sobre seu próprio eixo por duas vezes, o app de câmera é iniciado, mesmo que a tela esteja bloqueada. Isso está longe de ser uma novidade para a Motorola, o Moto X 2013 já tinha esse recurso, que também está presente no Moto X 2014 e no Moto Maxx.
Não há vedação contra água nem poeira no novo Moto E, mas, na faixa de preço abaixo dos 1 mil reais, isso não chega a ser um ponto negativo, uma vez que somente o Xperia M2 Aqua oferece esses recursos nesta categoria de produtos.
O novo Moto E é um Moto G para quem está contando as moedas no bolso e quer um produto com 4G. A configuração de hardware de ambos os aparelhos é similar em uma série de quesitos. A principal diferença entre eles é que o Moto G vence quando o assunto é câmera.
Vamos às especificações do produto. O Moto E tem processador Qualcomm Snapdragon 410 com uma CPU ARM Cortex A53 quad-core de 1,2 GHz, 1 GB de RAM, variantes com 8 e 16 GB de armazenamento interno, suporte para cartão microSD de até 32 GB, Bluetooth 4.0, Wi-Fi padrão N e bateria de 2 390 mAh.
O smartphone se sai muito bem em tarefas diárias e consegue rodar jogos leves sem problema algum. Nos testes, foi possível jogar partidas de Two Dots de forma fluída e não foram constatados problemas graves a gestão multitarefa.
O impacto do processador de 64 bits da Qualcomm neste modelo não é algo crucial para a boa experiẽncia de uso. Contudo, o uso do instruction set ARMv8 implica num aumento de performance geral, apesar desse efeito ser sentido de melhor forma em um smartphone com mais de 1 GB de RAM.
A TV digital padrão 1-seg continua presente no Moto E. Ainda é possível sintonizar canais de TV aberta gratuitamente, fazer gravações e consultar a programação. Para melhorar o sinal, a Motorola oferece a chamada antena flexível, que é um conector P2 que tem uma entrada P2. Com isso, é possível que o som saia dos alto-falantes do aparelho, algo bom para momentos de ver TV na pequena tela do Moto E com mais alguém. Quem preferir pode também ligar fones de ouvido.
O Moto E vem em quatro modelos:
Com 3G e 8 GB: 569 reais;
Com 4G e 8 GB: 649 reais;
Com 4G e 16 GB e bands: 699 reais;
Com 4G, 16 GB, TV digital e bands: 729 reais.
A edição com 3G vale menção especial. Ela tem processador Qualcomm Snapdragon 200 de 1,2 GHz, ou seja, ele é mais fraco, em termos de força de processamento, que o modelo com 4G.
Os resultados dos benchmarks rodados no INFOlab mostraram ótimas taxas de desempenho. É interessante notar aqui, especialmente, que o Moto E venceu o Galaxy A5 em diversos quesitos.
Quadrant (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Novo Moto E | 13977 |
Moto G | 9053 |
Galaxy A5 | 12012 |
AnTuTu (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Novo Moto E | 23358 |
Moto G | 18022 |
Galaxy A5 | 19991 |
Vellamo (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Novo Moto E | 1972 |
Moto G | 1620 |
Galaxy A5 | 1906 |
3D Mark (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Novo Moto E | 2502 |
Moto G | 5666 |
Galaxy A5 | 2659 |
O sistema Android Lollipop do Moto E é muito parecido com o que vimos no Moto G, com o diferencial do app pré-instalado de TV digital. Fora isso, temos pouquíssimas modificações no sistema, ele é essencialmente puro. Há os tradicionais aplicativos da Motorola, o Moto, que agrega o Assist, que automatiza algumas rotinas de uso e permite editar a forma como as notificações são mostradas na tela de bloqueio; o Motorola Migração, que serve para importar dados de um smartphone Android antigo por meio de um QR code; e o Alerta, que permite criar avisos, com base na localização do aparelho, que são enviados para números previamente configurados.
A bateria do Moto E obteve um bom resultado nos testes do INFOlab. O aparelho resistiu por mais tempo do que o iPhone 6 (5 horas e 58 minutos): foram 6 horas e 43 minutos.
O quesito câmera é o calcanhar de Aquiles do Novo Moto E. Provavelmente este é o ponto que irá definir a escolha do consumidor. As câmeras têm resolução de 5 MP e VGA. Começando pela câmera principal, nota-se rapidamente que não há flash LED, o que é extremamente prejudicial no momento de tirar fotos em ambientes mal iluminados. Fora o baixo nível de detalhe, algo esperado para smartphones dessa categoria de produto, um problema do Moto E está na calibração automática de cores. Ao apontar o aparelho para uma parede branca iluminada por uma luz amarela, a imagem captada tinha um tom laranja vivo. Colocamos um Moto Maxx ao lado do Moto E reproduzimos a cena. Resultado: a parede branca foi registrada corretamente pelo Moto Maxx.
O app de câmera é o mesmo encontrado em outros dispositivos móveis da Motorola, como o Moto G. Há HDR e foco com um toque.
A câmera frontal deixa a desejar, especialmente por conta do movimento de mercado, puxado pela Huawei e pela Samsung, de oferecer uma resolução mais alta no módulo dianteiro. Enquanto as concorrentes têm aparelhos com resolução de 5 MP para as selfies, o novo Moto E vem com câmera frontal com qualidade VGA, o que é menos do que 1 MP.
Com a câmera principal, os vídeos são gravados com em HD a 30 fps.
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Com 4G e mais força de processamento, o Novo Moto E evoluiu bastante. Sem dúvidas, este é um bom aparelho com Android atualizado e alguns recursos de aparelhos mais avançados. A pergunta que o consumidor deve se fazer no momento da escolha é: devo comprar um Moto E, que tem câmeras de baixa qualidade, ou um Moto G, que tem câmeras um pouco melhores e flash LED? A diferença de preços entre os produtos é pequena. Sendo assim, o Moto E é ótimo para quem quer um produto com 4G que seja mais barato do que o Moto G.
Sistema operacional | Android 5.0 Lollipop |
---|---|
Chipset | Qualcomm Snapdragon 410 |
CPU (SoC) | Cortex A53 Quad Core 1,2 GHz |
GPU (SoC) | Adreno 306 |
RAM | 1 GB |
Armazenamento | 8 ou 16 GB (10,5 GB livres) + microSD de até 32 GB |
Conexões | Wi-Fi n, Bluetooth 4.0, A-GPS com GLONASS |
Tela | 4,5'' (540 por 960 pixels) |
Peso | 145 g |
Bateria | 6h43 |
Câmeras | 5 MP e VGA |
Prós | Android Lollipop, 4G, configuração intermediária, dual-chip |
---|---|
Contras | Não tem flash |
Conclusão | Boa opção de smartphone 4G, mas a câmera deixa a desejar |
Configuração | 8.6 |
Usabildiade | 8.1 |
Foto | 7.3 |
Bateria | 7.2 |
Design | 7.8 |
Foto | 6.8 |
Média | 7.9 |
Preço | R$ 700 |