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Novo Moto E

O integrante mais básico da linha Moto, da Motorola, foi lançado em 13 de maio de 2014, numa época em que a Copa do Mundo era o tema central das campanhas de marketing de uma série de empresas. Por isso, o primeiro Moto E teve apelo comercial pelo fato de ter TV digital padrão 1-seg […]

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 17h44.

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O integrante mais básico da linha Moto, da Motorola, foi lançado em 13 de maio de 2014, numa época em que a Copa do Mundo era o tema central das campanhas de marketing de uma série de empresas. Por isso, o primeiro Moto E teve apelo comercial pelo fato de ter TV digital padrão 1-seg e ser vendido por cerca de 600 reais. O aparelho se destacou entre os produtos de baixo custo também por vir com o sistema Android 4.4 KitKat, algo que muitos aparelhos mais caros não tinha à época. Agora, a Motorola deu mais potência e conexão 4G ao Moto E, tornando o gadget um forte concorrente na gama de smartphones intermediários.

O smartphone agora tem CPU quad-core e roda sistema Android 5.0 Lollipop. Assim como aconteceu no passado, o Moto E se destaca por ter o software mais recente do Google enquanto produtos topo de linha, como o Galaxy Note Edge, ainda não receberam o update. Em parte, isso se deve às poucas modificações realizadas no sistema e em parte por conta da agilidade da equipe de engenharia de software da Motorola.

O Moto E é agora um Moto G para quem quer tela pequena e 4G. Mas esse consumidor não pode ter entre seus pré-requisitos de compra uma câmera de qualidade. As fotos tiradas com o aparelho não têm boa qualidade e a câmera principal peca por não ter flash. Ainda assim, a potência do produto é algo que o faz valer a pena para quem não quer gastar muito em um smartphone. Em nossos testes, o Moto E chegou a ser mais potente do que o Galaxy A5, da Samsung, que tem Android KitKat e custa 1 500 reais no Brasil.

Vídeo

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Design

À primeira vista, o design do Moto E não mudou muito. Ele continua com pontas arredondadas, tela pequena e uma ótima ergonomia. Basta um olhar mais atento para notar que as entradas para chips e cartão de memória agora estão escondidas por uma borda removível, que pode ser substituída por outra de cor diferente. São as bands. Em vez de oferecer a troca de capas, como o Moto G Colors, o novo Moto E tem duas edições que vêm com mais duas bands (uma delas foi analisada pelo INFOlab). As cores padrão são branca ou preta e as opcionais são turquesa e verde.

A tela do Moto E continua com baixa resolução. São 540 por 960 pixels, o padrão conhecido como qHD. Cuidado para não confundir: o qHD não é o Quad HD, que é um padrão de qualidade de imagem muito melhor, são 2 560 por 1 440 pixels. O lado bom do display é que ele continua com 4,5 polegadas, um tamanho que virou raridade entre os smartphones atuais.

Algo extremamente útil, apesar de não ter tanta ligação assim com o quesito design, é que o produto tem ativação de tela por acelerômetro. Isso quer dizer que a tela será ligada quando você puxar o Moto E para fora do bolso ou da bolsa. Se você é daqueles que abandonou o relógio de pulso quando os celulares ficaram inteligentes, essa função é especialmente útil. Se não, talvez você reconsidere o uso do relógio depois de comprar um Moto E.

Assim como em todos os smartphones atuais da Motorola, não há botão dedicado para a câmera. A empresa supriu essa deficiência utilizando uma combinação de hardware e software: ao balançar o smartphone sobre seu próprio eixo por duas vezes, o app de câmera é iniciado, mesmo que a tela esteja bloqueada. Isso está longe de ser uma novidade para a Motorola, o Moto X 2013 já tinha esse recurso, que também está presente no Moto X 2014 e no Moto Maxx.

Não há vedação contra água nem poeira no novo Moto E, mas, na faixa de preço abaixo dos 1 mil reais, isso não chega a ser um ponto negativo, uma vez que somente o Xperia M2 Aqua oferece esses recursos nesta categoria de produtos.

Configuração

O novo Moto E é um Moto G para quem está contando as moedas no bolso e quer um produto com 4G. A configuração de hardware de ambos os aparelhos é similar em uma série de quesitos. A principal diferença entre eles é que o Moto G vence quando o assunto é câmera.

Vamos às especificações do produto. O Moto E tem processador Qualcomm Snapdragon 410 com uma CPU ARM Cortex A53 quad-core de 1,2 GHz, 1 GB de RAM, variantes com 8 e 16 GB de armazenamento interno, suporte para cartão microSD de até 32 GB, Bluetooth 4.0, Wi-Fi padrão N e bateria de 2 390 mAh.

O smartphone se sai muito bem em tarefas diárias e consegue rodar jogos leves sem problema algum. Nos testes, foi possível jogar partidas de Two Dots de forma fluída e não foram constatados problemas graves a gestão multitarefa.

O impacto do processador de 64 bits da Qualcomm neste modelo não é algo crucial para a boa experiẽncia de uso. Contudo, o uso do instruction set ARMv8 implica num aumento de performance geral, apesar desse efeito ser sentido de melhor forma em um smartphone com mais de 1 GB de RAM.

A TV digital padrão 1-seg continua presente no Moto E. Ainda é possível sintonizar canais de TV aberta gratuitamente, fazer gravações e consultar a programação. Para melhorar o sinal, a Motorola oferece a chamada antena flexível, que é um conector P2 que tem uma entrada P2. Com isso, é possível que o som saia dos alto-falantes do aparelho, algo bom para momentos de ver TV na pequena tela do Moto E com mais alguém. Quem preferir pode também ligar fones de ouvido.

O Moto E vem em quatro modelos:

Com 3G e 8 GB: 569 reais;
Com 4G e 8 GB: 649 reais;
Com 4G  e 16 GB e bands: 699 reais;
Com 4G, 16 GB, TV digital e bands: 729 reais.

A edição com 3G vale menção especial. Ela tem processador Qualcomm Snapdragon 200 de 1,2 GHz, ou seja, ele é mais fraco, em termos de força de processamento, que o modelo com 4G.

Os resultados dos benchmarks rodados no INFOlab mostraram ótimas taxas de desempenho. É interessante notar aqui, especialmente, que o Moto E venceu o Galaxy A5 em diversos quesitos.

Quadrant (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
Novo Moto E13977
Moto G9053
Galaxy A512012
AnTuTu (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
Novo Moto E23358
Moto G18022
Galaxy A519991
Vellamo (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
Novo Moto E1972
Moto G1620
Galaxy A51906
3D Mark (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
Novo Moto E2502
Moto G5666
Galaxy A52659

Sistema

O sistema Android Lollipop do Moto E é muito parecido com o que vimos no Moto G, com o diferencial do app pré-instalado de TV digital. Fora isso, temos pouquíssimas modificações no sistema, ele é essencialmente puro. Há os tradicionais aplicativos da Motorola, o Moto, que agrega o Assist, que automatiza algumas rotinas de uso e permite editar a forma como as notificações são mostradas na tela de bloqueio; o Motorola Migração, que serve para importar dados de um smartphone Android antigo por meio de um QR code; e o Alerta, que permite criar avisos, com base na localização do aparelho, que são enviados para números previamente configurados.

Bateria

A bateria do Moto E obteve um bom resultado nos testes do INFOlab. O aparelho resistiu por mais tempo do que o iPhone 6 (5 horas e 58 minutos): foram 6 horas e 43 minutos.

Câmeras

O quesito câmera é o calcanhar de Aquiles do Novo Moto E. Provavelmente este é o ponto que irá definir a escolha do consumidor. As câmeras têm resolução de 5 MP e VGA. Começando pela câmera principal, nota-se rapidamente que não há flash LED, o que é extremamente prejudicial no momento de tirar fotos em ambientes mal iluminados. Fora o baixo nível de detalhe, algo esperado para smartphones dessa categoria de produto, um problema do Moto E está na calibração automática de cores. Ao apontar o aparelho para uma parede branca iluminada por uma luz amarela, a imagem captada tinha um tom laranja vivo. Colocamos um Moto Maxx ao lado do Moto E reproduzimos a cena. Resultado: a parede branca foi registrada corretamente pelo Moto Maxx.

Foto por: INFO

O app de câmera é o mesmo encontrado em outros dispositivos móveis da Motorola, como o Moto G. Há HDR e foco com um toque.

Foto por: INFO

Foto por: INFO

A câmera frontal deixa a desejar, especialmente por conta do movimento de mercado, puxado pela Huawei e pela Samsung, de oferecer uma resolução mais alta no módulo dianteiro. Enquanto as concorrentes têm aparelhos com resolução de 5 MP para as selfies, o novo Moto E vem com câmera frontal com qualidade VGA, o que é menos do que 1 MP.

Foto por: INFO

Com a câmera principal, os vídeos são gravados com em HD a 30 fps.

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Vale a pena?

Com 4G e mais força de processamento, o Novo Moto E evoluiu bastante. Sem dúvidas, este é um bom aparelho com Android atualizado e alguns recursos de aparelhos mais avançados. A pergunta que o consumidor deve se fazer no momento da escolha é: devo comprar um Moto E, que tem câmeras de baixa qualidade, ou um Moto G, que tem câmeras um pouco melhores e flash LED? A diferença de preços entre os produtos é pequena. Sendo assim, o Moto E é ótimo para quem quer um produto com 4G que seja mais barato do que o Moto G.

Ficha técnica

Sistema operacionalAndroid 5.0 Lollipop
ChipsetQualcomm Snapdragon 410
CPU (SoC)Cortex A53 Quad Core 1,2 GHz
GPU (SoC)Adreno 306
RAM1 GB
Armazenamento8 ou 16 GB (10,5 GB livres) + microSD de até 32 GB
Conexões Wi-Fi n, Bluetooth 4.0, A-GPS com GLONASS
Tela4,5'' (540 por 960 pixels)
Peso145 g
Bateria6h43
Câmeras5 MP e VGA

Avaliação técnica

PrósAndroid Lollipop, 4G, configuração intermediária, dual-chip
ContrasNão tem flash
ConclusãoBoa opção de smartphone 4G, mas a câmera deixa a desejar
Configuração8.6
Usabildiade8.1
Foto7.3
Bateria7.2
Design7.8
Foto6.8
Média7.9
PreçoR$ 700
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