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Novo modelo de negócios pode afetar teles, diz Gutierrez

"A distribuição de recursos gerados no setor não está bem balanceada. Coleta-se do bolso do assinante e dali 45% vão para impostos", afirmou Otávio Azevedo


	Antenas de telefonia: o executivo reitera que os investimentos são necessários para a qualidade dos serviços
 (Divulgação)

Antenas de telefonia: o executivo reitera que os investimentos são necessários para a qualidade dos serviços (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 21h03.

Rio de Janeiro - O setor de telecomunicações passa por mudanças no modelo de negócios, o que piora a equação econômica das empresas e pode afetar os investimentos de médio prazo, no prazo de três a cinco anos. A análise é de Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, acionista da Oi, após participar de debate nesta terça-feira na Futurecom, evento de negócios do setor de telecomunicações realizado no Rio de Janeiro.

"A distribuição de recursos gerados no setor não está bem balanceada. Coleta-se do bolso do assinante e dali 45% vão para impostos. O restante tem de distribuir entre acesso, transmissão e conteúdo. O recurso que sobra nessa balança não é suficiente para remunerar o capital investido porque é necessário investir muito", afirmou Azevedo.

O executivo reitera que os investimentos são necessários para a qualidade dos serviços. "Precisamos de banda", completou Azevedo, destacando que é preciso disponibilidade em frequências mais baixas, hoje utilizadas pela transmissão da TV analógica.

Apesar dessa mudança na equação econômica, Azevedo não vê perspectiva de queda nas receitas do grupo Andrade Gutierrez com telecomunicações. Ele reconheceu, contudo, que a rentabilidade é afetada e pode tornar os investimentos menos atrativos.

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