Tecnologia

Novo iPhone 5C ainda é caro demais para os chineses

O novo iPhone 5C, que vem nas cores azul, branca, rosa, amarela e verde, será comercializado nos Estados Unidos por US$ 99 (75 euros) na versão 16 megabytes


	iPhone 5C na China: no país onde há smartphones vendidos a 75 euros e onde a Apple só controla 5% do mercado, iPhone 5C custará 4.488 iuanes (550 euros)
 (AFP)

iPhone 5C na China: no país onde há smartphones vendidos a 75 euros e onde a Apple só controla 5% do mercado, iPhone 5C custará 4.488 iuanes (550 euros) (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 19h29.

Os chineses ainda acham "caro demais" o novo iPhone apresentado na véspera pela Apple, mas os japoneses já fazem fila em Tóquio para comprar este novo objeto do desejo que três operadoras oferecem a preços muito competitivos.

O novo iPhone 5C, que vem nas cores azul, branca, rosa, amarela e verde, será comercializado nos Estados Unidos por US$ 99 (75 euros) na versão 16 megabytes com uma assinatura mais acessível do que o das versões anteriores.

Mas na China, onde há smartphones vendidos a 75 euros e onde a Apple só controla 5% do mercado, o iPhone 5C custará 4.488 iuanes (550 euros), apenas um pouco mais barato do que o iPhone 5. O iPhone top de linha, O 5S, está à venda a partir de 5.288 iuanes (650 euros).

"Achava que a versão barata, o 5C, seria vendida a 1.000 ou 2.000 (iuanes)", lamentava um internauta na rede Weibo.

"É esta a versão supostamente mais barata? Realmente acham que somos imbecis", queixava-se outro.

Acontece ainda que na China as operadoras não oferecem aos seus assinantes os descontos sobre os aparelhos no ato da compra. No Japão acontece o contrário: com frequência o cliente pode sair de uma loja com seu novo iPhone no bolso sem pagar um único iene, e o preço cobrado para pagar o aparelho é devolvido quase integralmente por meio de um desconto na mensalidade.

A maior operadora de serviços de telefonia móvel japonesa NTT Docomo oferecerá estes novos iPhones aos seus 62 milhões de assinantes.


A NTT Docomo era até agora a única das três grandes operadoras japonesas a não propor esta popular gama de aparelhos.

Essa "lacuna" teria feito a NTT Docomo perder 3,5 milhões de clientes, que forma então para as grandes concorrentes, a SoftBank e a KDDI.

Agora, a concorrência vai ser reforçada a favor dos clientes, que poderão obter assim preços mais atraentes.

A distribuição do iPhone pela NTT Docomo também é uma boa notícia para a Apple, que perde terreno para a sul-coreana Samsung, cuja fatia no mercado mundial (mais de 30%) é o dobro da gigante americana.

Mas o fato de o iPhone se somar ao catálogo da NTT Docomo representa também um duro golpe para os fabricantes japoneses de smartphones, praticamente ausentes nos mercados internacionais - exceto a Sony -, e que inclusive sofrem no mercado nacional. Recentemente, a NEC anunciou que jogava a toalha e a Panasonic estaria a ponto de fazer o mesmo.

Essas empresas já tinham sido afetadas pela recente estratégia da NTT Docomo, chamada "Two top", que privilegia a venda de celulares Samsung e Sony. Esta tática de luta contra a força do iPhone não bastou e o produto estrela da Apple acabou impondo-se como uma necessidade.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCelularesChinaIndústria eletroeletrônicaiPhoneiPhone 5cSmartphones

Mais de Tecnologia

Sam Altman lança 'WhatsApp' focado em quem vendeu a íris em troca de criptomoedas

TSMC investirá US$ 100 bilhões em fábricas nos EUA, mas produção de ponta pode continuar em Taiwan

Google confirma Android 16 em junho

Apple terá que permitir lojas de apps alternativas no Brasil em 90 dias