. (FatCamera/Getty Images)
São Paulo - A difícil tarefa de dar mais autonomia a pacientes com algum tipo de paralisia é uma das forças que movem a neurociência. Em um artigo publicado em novembro no periódico PLOS ONE, cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelam ter permitido que três pacientes tetraplégicos pudessem navegar na internet com o pensamento, usando e-mail, aplicativos de vídeo, conversando via chat e até tocando um piano virtual.
A interface cérebro-máquina desenvolvida pelos pesquisadores conta com a tecnologia do sistema BrainGate e consiste na implantação de um chip do tamanho de uma pílula no córtex motor do paciente. O chip registra a atividade neurológica ligada aos movimentos pretendidos pela pessoa e o sistema decodifica e envia a informação aos dispositivos externos, como explica o site IFLScience.
Dois dos pacientes que participaram do estudo inicial possuíam esclerose lateral amiotrófica (ELA) e o terceiro sofria de lesão medular. "Foi ótimo ver nossos participantes fazerem as tarefas que pedimos a eles, mas a parte mais gratificante e divertida do estudo foi quando eles fizeram o que eles queriam fazer - usando os aplicativos que eles gostavam para fazer compras, assistindo a vídeos ou simplesmente conversando com amigos ", disse o principal autor do estudo, Paul Nuyujukian, em um comunicado. "Uma das participantes nos disse no início dos testes que uma das coisas que ela realmente queria era tocar novamente. Então, vê-la tocando em um teclado digital foi fantástico."
O mesmo sistema já possibilitou a outros pacientes mover membros robóticos. A intenção dos pesquisadores é que o sistema permita que pessoas com paralisia se comuniquem com familiares e amigos, melhorando significativamente sua qualidade de vida
Veja a seguir um vídeo (em inglês) dos pacientes utilizando o sistema: