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Novas tecnologias desafiam os estúdios de cinema

DVDs, gravadores digitais de vídeo e internet estão mudando o modo como os americanos se divertem

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h18.

Os grandes estúdios de cinema dos Estados Unidos começam a se preocupar com o impacto que as novas tecnologias terão sobre seus negócios. O avanço de alguns equipamentos, como os DVDs e os gravadores digitais de vídeo, bem como a expansão dos usuários de internet e dos aficcionados em videogames estão mudando o modo como os americanos se divertem e reduzindo o público nas salas de cinema.

Segundo a Motion Picture Association of America, que representa a indústria cinematográfica do país, o movimento nos cinemas cresceu 8,1% entre 2000 e 2004. O problema, de acordo com o jornal americano The New York Times, é que essa expansão de público concentrou-se em apenas dois dos cinco anos analisados e deveu-se, sobretudo, ao grande sucesso de dois filmes: O Homem Aranha e Star Wars Episódio II O Ataque dos Clones. Em 2003, por exemplo, o público nas salas de exibição caiu 4%; em 2004, houve nova queda de 2%; e os dados mais recentes de 2005 mostram um recuo de 8%.

Isto não significa que Hollywood esteja em franca decadência, segundo o The New York Times. No ano passado, os estúdios americanos faturaram 9,5 bilhões de dólares com bilheteria. Mas o recuo na audiência mostra uma mudança mais profunda de comportamento dos consumidores para a qual os executivos do setor ainda não encontraram uma resposta.

Em 2004, os americanos gastaram, em média, 78 horas assistindo a vídeos e DVDs, um incremento de 53% sobre 2000. As receitas com vendas e locação de DVDs subiram 676,5% no mesmo período. O tempo de navegação dos usuários na internet aumentou 76,6% e os jogadores de videogame, 20,3%. "É muito mais difícil atrair a audiência, hoje, porque as pessoas contam com diversas opções de entretenimento e costumam desfrutar de serviços e produtos sob medida para suas necessidades", afirma Paul Dergarabedian, presidente da Exhibitor Relations Company, uma empresa de fiscalização de bilheterias.

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