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Nova vacina contra malária reduz infecções em 72%

Embora atualmente existam alguns medicamentos preventivos, os cientistas afirmam que a resistência a esses remédios está crescendo


	Paciente com malária em um hospital de Darfur: até o momento, a vacina foi testada em adultos no Japão e em uma zona de malária endêmica no norte de Uganda 
 (Albert Gonzalez Farran/AFP)

Paciente com malária em um hospital de Darfur: até o momento, a vacina foi testada em adultos no Japão e em uma zona de malária endêmica no norte de Uganda  (Albert Gonzalez Farran/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 12h30.

Tóquio - Uma equipe de pesquisadores japoneses anunciou o desenvolvimento de uma vacina que diminui em mais de dois terços o risco de malária.

A doença, transmitida por um mosquito-parasita, mata 650 mil pessoas a cada ano, em sua maioria crianças africanas com menos de cinco anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Embora atualmente existam alguns medicamentos preventivos, os cientistas afirmam que a resistência a esses remédios está crescendo.

Os pesquisadores da Universidade de Osaka desenvolveram uma vacina em pó seco, chamada de BK-SE36, através da modificação genética de uma proteína encontrada no parasita, que misturaram com gel de hidróxido de alumínio.

"Os efeitos da vacina são melhores que os obtidos até agora com qualquer outra vacina antimalária", segundo um comunicado publicado nesta semana, que ressalta que se espera que a BK-SE36 reduza consideravelmente o número de mortes provocadas por esta doença.

Até o momento, a vacina foi testada em adultos no Japão e em uma zona de malária endêmica no norte de Uganda entre 2010 e 2011. Nenhum dos estudos revelou problemas de segurança.

O acompanhamento das pessoas estudadas em Uganda, com idades entre 6 e 20 anos, demonstrou que a vacina reduziu em 72% o número de pessoas infectadas pela malária.

Os resultados foram publicados na terça-feira no site do jornal científico americano PLOS One, de acordo com o comunicado.

O professor Toshihiro Horii, responsável pelo estudo, explicou à agência Jiji Press que deseja que a BK-SE36 possa estar operacional "em cinco após após a realização de testes clínicos em crianças de zero a cinco anos, que representam a maior parte das mortes por malária".

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