Túnel: os túneis seriam basicamente um par de tubos gigantes, sendo cada um responsável por uma mão de direção (Reprodução / YouTube)
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2016 às 11h16.
O Governo da Noruega achou uma solução para as estradas que cortam o país atravessarem seus enormes fiordes (formações rochosas inundadas pelo mar), umas principais características da península escandinava.
Em vez de fazer extensas pontes ou túneis submersos, o país almeja construir túneis submersos flutuantes – uma complexa obra de engenharia jamais feita até hoje.
O projeto ambicioso faria parte da rodovia E39, que parte de Kristiansand, no sul da Noruega, e vai até ao norte, na cidade de Trondheim.
Com um pouco mais de 1 mil quilômetros de distância, essa rodovia tem sete interrupções por conta dos fiordes, obrigando os motoristas a pegar balsas para ir de um lado ao outro. Atualmente, esse percurso de Kristiansand a Trondheim é feito em 21 horas.
Os túneis seriam basicamente um par de tubos gigantes, sendo cada um responsável por uma mão de direção. Eles seriam suspensos por estruturas flutuantes, com algumas podendo ser ancoradas em formações rochosas para o túnel não se movimentar em situações climáticas adversas.
Submerso a até 30 metros da superfície da água, eles contariam com um sistema de renovação de ar feita por meio de tubulações com saídas nas estruturas flutuantes.
Segundo a empresa Vegvesen – empresa responsável pela proposta, o percurso de Kristiansand a Trondheim seria reduzido de 21 para 10 horas.
A construção dos túneis flutuantes seria mais viável do que pontes ou túneis convencionais, construídos no fundo de rios e canais.
Um dos impedimentos seria a profundidade / altura em alguns pontos dos fiordes, que podem passar de mil metros e deixariam a obra complexa e cara demais.
Outro fator que pesa contra é a distância existente entre os fiordes, o que impossibilitaria a construção de pontes.
Estimado em US$ 25 bilhões (R$ 82,3 bilhões em conversão direta), o projeto dos túneis submersos flutuantes não sairá do papel antes de 2035 por conta do seu grau de complexidade.