Nokia dominava o mercado de celulares inteligentes desde que lançou o modelo Communicator, em 1996 (Jens Koch/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2011 às 14h29.
Helsinque - A Apple e a Samsung Electronics puseram fim aos 15 anos de liderança da Nokia nas vendas de smartphones, no segundo trimestre, conforme dados divulgados nesta sexta-feira.
A Nokia dominava o mercado de celulares inteligentes desde que lançou o modelo Communicator, em 1996, mas a concorrência das duas rivais mais próximas e uma queda nas vendas derrubaram a empresa do primeiro para o terceiro lugar no trimestre passado, com o início da desaceleração do crescimento no segmento.
A Apple vendeu o volume recorde de 20,3 milhões de iPhones no segundo trimestre, ainda que o aparelho esteja há mais de um ano no mercado.
A Apple anunciou seus dados de vendas na semana passada mas, nesta sexta-feira, estimativas de analistas mostravam que a Samsung teria vendido 19 milhões de smartphones no período, bem acima das 16,7 milhões de unidades vendidas pela Nokia. O grupo sul-coreano se beneficiou da forte demanda por aparelhos equipados com o Android, do Google.
"A linha Galaxy, da Samsung, se mostrou popular, especialmente o modelo S2 Android, um dos mais caros," disse Neil Mawston, analista da Strategy Analytics.
A Strategy Analytics estima que o mercado de celulares inteligentes tenha crescido 76 por cento no trimestre, em termos de volume, ante o mesmo período em 2010. A ABI Research foi um pouco mais cautelosa em sua estimativa, calculando alta de 62 por cento para o segmento.
O crescimento do mercado global de celulares também desacelerou no segundo trimestre, acompanhando as vendas de modelos básicos, que caíram pela primeira vez em sete trimestres, decorrente da contenção de gastos dos consumidores, informou nesta sexta-feira o grupo de pesquisa IDC.
Segundo o IDC, embora as fortes vendas de smartphones tenham crescido 11,3 por cento ano a ano, somando 365,4 milhões de aparelhos, o resultado representa desaceleração ante o avanço de 16,8 por cento visto no primeiro trimestre.