Tecnologia

Noivo tetraplégico fica em pé com tecnologia robótica

Desenvolvido pela UPnRIDE Robotics, dispositivo permite andar nas ruas ou locais internos olhando as pessoas nos olhos

 (UPnRIDE/Divulgação)

(UPnRIDE/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 28 de dezembro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 28 de dezembro de 2018 às 06h53.

São Paulo -- Adir Simantov é um soldado das Forças de Defesa de Israel que ficou tetraplégico após um acidente de carro há seis anos. No mês passado, ele se casou com Liat e surpreendeu a noiva ao usar um aparelho robótico que lhe permitiu ficar em pé na cerimônia. Ele pôde fazer coisas simples, mas importantes, como olhar em seus olhos sem ser de baixo para cima.

A tecnologia foi desenvolvida pela empresa UPnRIDE Robotics para permitir que pessoas que tenham condições de imobilidade do pescoço para baixo possam ficar na vertical e se locomover em ambientes internos ou externos—até mesmo em declives. Com isso, pessoas tetraplégicas podem ficar em pé com o aparelho.

Criado por Dr. Amit Goffer, também criador da empresa Rewalk, cujo dispositivo permite que paraplégicos fiquem em pé, caminhem e até façam maratonas, o dispositivo da UPnRIDE ainda aguardar aprovação dos órgãos regulatórios para começar a ser oficialmente vendido. Nem mesmo em Israel ele é comercializado, o uso durante o casamento de Simantov foi um teste, de acordo com o jornal Times of Israel.

A empresa também aguarda aprovação nos Estados Unidos e na Europa para vender o aparelho, que terá preço de 25 mil dólares. O valor é alto, mas a UPnRIDE Robotics espera que, no longo prazo, os planos de saúde possam cobrir o custo para oferecer esse benefício aos seus clientes.

Financiamento coletivo é a solução que a empresa encontrou para captar de 6 a 12 milhões de dólares. O dinheiro será usado na produção e marketing dos novos produtos. Por enquanto, tudo é feito em Israel, mas a companhia almeja fechar contratos importantes com fornecedores estrangeiros e também criar fábricas nos países onde venderá sua tecnologia.

O Brasil ainda não está nos planos da empresa. Em setembro, quando EXAME viajou a Israel, visitamos o escritório da Rewalk Robotics. Quando perguntado sobre a venda de seus exoesqueletos high-tech no Brasil, o porta-voz explicou que a dificuldade para a empresa, que não é de grande porte, é conseguir a aprovação de órgãos regulatórios em um país como o nosso, onde o processo leva até cinco anos.

O vídeo de divulgação da UPnRide Robotics mostra como funciona a tecnologia de seu aparelho para pessoas com deficiência. Confira a seguir.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:IsraelPessoas com deficiência

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes