água (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2014 às 11h47.
Com déficit de 10 bilhões de litros em apenas 11 dias do mês de abril, o Sistema Cantareira registrou nesta sexta-feira, 11, novo recorde negativo. O nível do manancial que abastece 40,3% da Grande São Paulo caiu para 12,2% da capacidade. Há um ano, o índice medido pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) era 63,1%.
Em um mês, o volume de água armazenada nos cinco reservatórios que formam o Cantareira já recuou em 35,4 bilhões de litros, o suficiente para abastecer a cidade de Guarulhos por cerca de quatro meses. O Sistema Alto Tietê, que tem revertido água para mais de um milhão de clientes do Cantareira, também teve redução do volume, chegando a 35,9% nesta quarta-feira.
Já o Sistema Guarapiranga, que supre cerca de 400 mil domicílios que eram abastecidos pelo Cantareira neste período de crise, está com 77,1% da capacidade. Há um ano, esses dois sistemas estavam com 65,3% e 84,9% de volume armazenado, respectivamente. A Sabesp ainda pretende ampliar a transferência de água na Região Metropolitana.
A crise de seca do Cantareira, que abastece cerca de 14,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas, é a pior da história do sistema. O volume de chuva registrado nos reservatórios no primeiro trimestre foi de apenas 15% da média histórica. Para evitar o racionamento de água generalizado, a Sabesp deve começar no próximo mês a captar água do chamado "volume morto" do manancial.
São cerca de 196 bilhões de litros represados abaixo do nível dos túneis de captação. Segundo a companhia, o volume é suficiente para garantir o abastecimento da Grande São Paulo por quatro meses.