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Nikon Coolpix P7100

Avaliação do editor Maurício Moraes Aviso aos iniciantes: fujam da P7100. A câmera tem 16 botões, alguns deles personalizáveis, e é indicada para fotógrafos experientes à procura de uma compacta avançada. O visor LCD move-se a um ângulo de até 90 graus, bom para clicar ou filmar. Nos testes, a qualidade das fotos ficou acima […]

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 11h08.

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Avaliação do editor Maurício Moraes

Aviso aos iniciantes: fujam da P7100. A câmera tem 16 botões, alguns deles personalizáveis, e é indicada para fotógrafos experientes à procura de uma compacta avançada. O visor LCD move-se a um ângulo de até 90 graus, bom para clicar ou filmar. Nos testes, a qualidade das fotos ficou acima da média.

Avaliação do editor Leonardo Veras

A P7100 é uma versão mais madura do modelo de compacta avançada anterior da Nikon, a P7000. Há uma variedade de mudanças, afetando a aparência física e até mesmo o processamento de imagem. Mas há também continuidade entre os dos modelos em aspectos importantes.

Um deles é o sensor, que permanece sendo exatamente o mesmo CCD de 1/1,7”. Já testamos compactas de luxo com sensores maiores, mas este definitivamente supera a média em dimensões e qualidade de imagem. Gostamos muito do desempenho da câmera em situações de baixa luminosidade. É somente a partir do ISO 400 que o ruído começa a se esgueirar pela foto, prejudicando os detalhes finos. Mesmo no ISO 800, as imagens mantém um nível de qualidade aceitável.

Outra vantagem é a amplitude relativamente extensa da escala de ISO no modo de foto manual(100 a 3200). Apesar da competência da P7100 ao lidar com números de ISO altos, a Nikon preferiu manter a câmera em terreno seguro ao restringir a sensibilidade do sensor do ISO 100 ao 800 no modo automático, o que significa que quem quiser gravas cenas mais escuras será obrigado a se aventurar no modo automático. De uma forma ou de outra, o flash embutido pode auxiliar o fotografo nessas situações. Mas se a pequena lâmpada não for o suficiente, há uma entrada para flash externo.

A Nikon também resolveu se afastar da tentação gerada por números grandes e optou por uma contagem de pixels mediana para o CCD (10,1 MP), o que é mais do que o suficiente para qualquer pessoa que não pretenda imprimir um pôster com as imagens da câmera. Claro, no final das contas a densidade de pixels ainda é grande para o tamanho do sensor, mas não tanto que comprometa o desenho da câmera dentro do contexto das compactas. No geral, como comentamos acima, a qualidade de imagem é muito boa para uma compacta. Ficamos impressionados com a agudeza dos detalhes, que são distintos até nas regiões periféricas das fotos. Também gostamos da maneira equilibrada e detalhista com que ela reproduz as cores, mas o vermelho se sobressai em algumas situações.

Uma das questões que a Nikon procurou elucidar com a P7100 é a da velocidade de foto, que era um dos pontos fracos do modelo anterior. O processamento de imagem é certamente mais ligeiro, mas, como era de se esperar, ela ainda tem dificuldade com as fotos em RAW. De qualquer maneira, suporte a RAW é um recurso incomum em câmeras compactas que deve atrair os fotógrafos mais experientes.

O sistema óptico que conduz a luz ao CCD é muito mais impressionante que o sensor. Trata-se de uma lente pequena e de alta qualidade, cujo zoom de 7,1x a torna uma das compactas mais versáteis que já testamos aqui no INFOlab. Lentes de compacta que passam dos 28 mm até os 200 mm (distância focal equivalente) sem comprometer a qualidade de imagem são uma raridade. Em outras palavras, a P7100 pode enquadrar tanto uma ampla paisagem quanto um retrato bem fechado.

Quanto às distorções de cor e geometria, um sistema de correção automático para as fotos em JPG elimina as poucas que a lente em si deixa passar. Quem fotografar em RAW pode contornar a correção e se aproveitar do efeito olho de peixe pronunciado da objetiva. Uma lente mais clara é sempre preferível, mas a Nikkor da P7100 tem uma abertura máxima razoável (f2,8). Da mesma forma, o eventual dono da P7100 tem amplo controle sobre a profundidade de campo das imagens.

A desvantagem mais evidente da permanência do CCD na P7100 é a gravação de vídeo limitada a 720p. É uma pena que uma câmera desse nível continue a amargar com vídeos em HD quando máquinas de outro modo inferiores já se aventuram no reino do 1080p. Quem não utiliza nenhum tipo de monitor com resolução 1080p, não se decepcionará com a filmagem. O problema aqui não é de qualidade de imagem, mas sim de resolução.

Vídeos e fotos são armazenados na memória interna de 98 MB ou, mais sensatamente, em um cartão de memória (o slot aceita SD, SDHC e SDXC). Além da indispensável porta USB, há uma saída miniHDMI e uma mini AV para exportar os filmes diretamente para a TV.

Uma peculiaridade bem curiosa da P7100 é a presença de um visor óptico para auxiliar o enquadramento das fotos, uma espécie em franca extinção na categoria das compactas. Sim, estamos falando de um visor óptico mesmo, nada de EVF. Claro, ela não tem espelho e o visor cobre apenas a taxa mísera de 80% da cena, características que o tornam pouco útil para a maioria das situações. Mas pelo menos ele está lá para oferecer uma alternativa ao LCD.

Falando em LCD, a tela da P7100 é uma das melhores entre as telas de compactas testadas pelo INFOlab. São 921 mil pontos representando cada detalhe dos objetos do mundo real. Além da resolução, o contraste e o ângulo de visão também estão no mesmo nível dos das câmeras híbridas de luxo. Como se o bom ângulo de visão não fosse o suficiente, a Nikon resolveu articular a tela, que se inclina para cima e para baixo. Mas a parte mais interessante do LCD é a quantidade de informações ele exibe e o grau de controle que ele oferece sobre a aparição de cada dado.

Aliás, controle é o que não falta na P7100. Ela oferece mais opções de customização do que boa parte das câmeras híbridas. Além da multidão de controles físicos tradicionais, há duas teclas Fn cujas funções podem ser determinadas pelo próprio usuário. Depois de passar pelo PASM de sempre, o usuário encontra três dos modos de foto que são personalizáveis. Há, contudo, algumas limitações. O Botão Fn2, por exemplo, só pode ser vinculado a uma ou mais funções de um grupo de quatro: histograma, grade, horizonte virtual e filtro de densidade. Ainda assim, é curioso notar como essa compacta é superior às duas híbridas da Nikon (1 V1 e 1 J1) no que concerne o controle sobre as funções da câmera.

No entanto, a presença de todas essas funções tem seu preço. A P7100 é um tanto grandalhona (12 x 8 x 4,8 cm) e pesada (393 g) para uma compacta. Definitivamente não se trata do tipo de câmera que cabe sem esforço no bolso. Por outro lado, sobram pontos de apoio para as mãos e os controles físicos são bem dispostos na superfície da máquina.

Ficha técnica

Pixels efetivos10,1 MP
Zoom óptico7,1x (28 a 200 mm)
Filmagem720p
LCD
Peso393 g

Avaliação técnica

PrósGrande número de opções de personalização; boa qualidade de imagem; tela articulada; suporte a RAW;
ContrasGravação de vídeo em 720p; visor óptico limitado; corpo relativamente grande;
ConclusãoA P7100 é uma compacta projetada para fotógrafos experientes; amadores que procuram algo mais avançado provavelmente tirarão mais proveito de uma câmera híbrida ou de outro modelo de compacta;
Imagem8,1
Objetiva8,1
Visor8,5
Recursos8,5
Design8,1
Média8.1
Preço2499
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