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Nexus 7

Por 199 dólares, o pequeno tablet Nexus 7 é a aposta do Google para ampliar a presença do Android no mercado, esconder o sucesso do Kindle Fire e arranhar a soberania do iPad. Com um preço bastante convidativo, o gadget traz um hardware matador em comparação a outros modelos com tela de 7 polegadas. O […]

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 08h50.

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Por 199 dólares, o pequeno tablet Nexus 7 é a aposta do Google para ampliar a presença do Android no mercado, esconder o sucesso do Kindle Fire e arranhar a soberania do iPad. Com um preço bastante convidativo, o gadget traz um hardware matador em comparação a outros modelos com tela de 7 polegadas. O motor escolhido pela Asus é o Tegra 3, com processador quad core de 1,3 GHz, GeForce ULP para dar conta dos gráficos, NFC e a versão mais recente do sistema, a Jelly Bean. 

Medindo 19,8 por 12,0 por 1,0 cm, o Nexus 7 merece alguns elogios por sua construção. Pesando só 340 g, o tablet é bastante agradável de manusear. A textura traseira do gadget imita couro, a lateral, bastante rígida, aparenta ser de metal e a tela é envolvida por uma grande borda. A opção pela borda oferece uma área de toque confortável, principalmente para leitura, evitando que as mãos acionem qualquer coisa. Os botões de controle de volume e para ligar/desligar o aparelho ficam na mesma lateral. Na parte inferior há um conector microUSB para recarga de bateria e transferência de arquivos com o PC. 

Ao contrário dos concorrentes, como o Galaxy Tab 2 e o Kindle Fire, o Nexus 7 não tem entrada para cartões microSD. Por esse motivo, os 8 ou 16 GB de memória vão obrigar o usuário a confiar em serviços de armazenamento na nuvem. Para os tablets, que têm como premissa o consumo de conteúdo (livros, revistas, vídeos, etc), espaço nunca é demais. O aparelho também não tem uma câmera traseira. Por mais que gravar vídeos ou registrar uma viagem com um tablet não seja das tarefas mais cômodas, a concorrência conta com o recurso. Afinal, uma câmera traseira pode absorver funções de realidade aumentada, ou mesmo ajudar na tradução de placas ou textos em uma viagem com o Goggles, do próprio Google. 

Por dentro, o Google optou pelo motor mais potente que 199 dólares podem compar. O Tegra 3 roda o Android 4.1 sem nenhum engasgo. Com 1 GB de RAM, o Nexus 7 não traz nenhum problema nas transições, algo comum nos tablets com Honeycomb. A GPU com 12 núcleos torna a execução de games e vídeos agradável. Mesmo que a tela de 7 polegadas pareça pequena, a resolução de 1.280 por 800 pixels e o ótimo brilho do painel IPS garantem um bom resultado. Um detalhe menor é a pequena distância entre o LCD e a proteção Corning Fit Glass. Por não ser absolutamente rígida, se o usuário pressionar a tela com muita força, o contato com o LCD gera ondulações e pequenas deformidades. Mesmo assim, é improvável que alguém pressione a tela com tanta força, já que sua tecnologia é capacitiva.

Além de ser leve, o Jelly Bean inaugura uma lógica muito importante para o Google. Com uma aposta que caminha na direção da Amazon e Apple, a Google Play se converteu a um centro de conteúdo completo. Além de aplicativos, os proprietários de Nexus 7 nos EUA podem adquirir revistas, todo o catálogo do Google Books (mais de 4 milhões de livros), filmes, séries e músicas (13 milhões de faixas). Nos testes do INFOlab, notamos que os títulos são ofertados em PDF, portanto, uma cópia fiel e sem interação das edições em papel. O leitor pode exibir somente o texto, com uma interface similar à dos ebooks. O produto ainda é muito novo e, provavelmente, as editoras devem adaptar o conteúdo para oferecer uma experiência mais rica, não só com conteúdo em áudio e vídeo, mas na própria navegação. 

Um recurso do Jelly Bean que impressionou o INFOlab foi o assistente de voz. Ao contrário de realizar buscas básicas, o Google optou por uma abordagem mais humana. É possível ativar alarmes, criar lembretes, realizar buscas, lançar aplicativos, tudo com um inglês simples e sem a necessidade de ativar comandos. Um simples “me leve ao supermercado” irá mostrar uma rota no Maps ao mercado mais próximo. O assistente também responde a perguntas objetivas, como “quem fundou o Google?”. Há menos brincadeiras em relação à Siri, mas o reconhecimento de voz se mostrou mais preciso. Outro truque do Google Now é a possibilidade de compreender textos. O usuário pode ditar uma mensagem ou anotação para o tablet.

Sem nenhuma saída HDMI ou mesmo MHL, a compatibilidade do Nexus 7 com os formatos H.264, MPEG2, MPEG4, DivX, XviD HT e WMV parece subutilizada, já que o Tegra 3 suporta resolução Full HD (1.920 por 1.080p por HDMI). Mas, para quem pretende utilizar o pequeno tablet como central multimídia, o DLNA pode tornar as coisas mais simples. No entanto, é mais provável que ele acesse conteúdo do computador e não o hospede, já que a memória interna tem pouca capacidade. 

Com duração de bateria de 9 horas e 15 minutos, o Nexus 7 é sem dúvidas uma boa opção para quem quer gastar pouco e ainda assim adquirir um tablet de qualidade. Resta aguardar se o produto chegará ao Brasil, e se deve escapar dos altos impostos para manter o preço atraente. Outra dúvida é se o conteúdo da Google Play e recursos de voz do sistema estarão disponíveis por aqui.

Ficha técnica

SOAndroid 4.1
Tela
ProcessadorCortex A9 1,3 GHz quad core
Armazenamento8 GB
ConectividadeWi-Fi, Bluetooth, GPS e NFC
Peso340 g
Bateria9h15min

Avaliação técnica

PrósLeve e ergonômico; ótima configuração
ContrasSem 3G, sem entrada para microSD
ConclusãoMesmo sem alguns recursos, melhor relação entre custo e benefício da categoria
Configuração8,0
Usabilidade9,0
Bateria8,5
Design7,7
Média8.4
Preço648
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