Tecnologia

Neuralink realiza segundo implante em paciente com lesão na medula espinhal

Dispositivo permite que pacientes paralisados utilizem dispositivos digitais apenas com o pensamento

O futuro da Neuralink: empresa quer aprimorar seus implates cerebrais (Jonathan Raa/NurPhoto /Getty Images)

O futuro da Neuralink: empresa quer aprimorar seus implates cerebrais (Jonathan Raa/NurPhoto /Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 07h47.

Última atualização em 5 de agosto de 2024 às 15h03.

A Neuralink, empresa de tecnologia de Elon Musk, anunciou no domingo, 4, que implantou com sucesso seu dispositivo em um segundo paciente. A tecnologia foi desenvolvida para permitir que pacientes paralisados possam utilizar dispositivos digitais apenas com o pensamento. O objetivo é ajudar pessoas com lesões na medula espinhal, como o primeiro paciente, Noland Arbaugh, que já se beneficiou do dispositivo.

O dispositivo permitiu que o primeiro paciente jogasse videogames, navegasse na internet, publicasse em redes sociais e movesse o cursor em seu laptop. Em um podcast, Musk afirmou que o segundo participante, que também sofreu uma lesão na medula espinhal, teve um implante com 400 eletrodos funcionais em seu cérebro. A Neuralink informou em seu site que o implante utiliza 1.024 eletrodos no total.

"Não quero zicar, mas parece que correu extremamente bem com o segundo implante", disse Musk ao apresentador Lex Fridman. "Há muitos sinais, muitos eletrodos. Está funcionando muito bem."

Musk não divulgou a data da cirurgia do segundo paciente, mas disse que espera que a Neuralink forneça implantes a mais oito pacientes este ano como parte dos testes clínicos.

Noland Arbaugh, o primeiro paciente, também foi entrevistado no podcast, junto com três executivos da Neuralink, que explicaram como o implante e a cirurgia liderada por robôs funcionam.

Antes de receber o implante em janeiro, Arbaugh usava um bastão na boca para tocar a tela de um tablet. Com o implante, ele pode apenas pensar no que quer fazer na tela do computador, e o dispositivo realiza a ação. Arbaugh destacou que o dispositivo lhe deu um grau de independência e reduziu sua dependência de cuidadores.

Arbaugh enfrentou problemas iniciais após a cirurgia quando os fios minúsculos de seu implante se retraíram, resultando em uma redução acentuada nos eletrodos que podiam medir os sinais cerebrais. A Reuters reportou que a Neuralink estava ciente desse problema a partir de seus testes em animais.

A empresa conseguiu restaurar a capacidade do implante de monitorar os sinais cerebrais de Arbaugh ao fazer mudanças que incluíram a modificação de seu algoritmo para torná-lo mais sensível. Arbaugh melhorou seu recorde mundial de velocidade ao controlar um cursor apenas com o pensamento, "com apenas aproximadamente 10, 15% dos eletrodos funcionando", disse Musk no podcast.

Musk e a regulamentação governamental

Musk também mencionou que conversou com o candidato republicano Donald Trump sobre a formação de uma comissão para melhorar a "eficiência governamental" por meio da redução da regulamentação empresarial. Ele disse que está disposto a participar, destacando sua opinião de que as regulamentações dos EUA impedem a inovação.

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