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Neuralink, de Elon Musk, implanta chip cerebral pela primeira vez em um humano

O bilionário dono da empresa afirmou que o paciente está se recuperando bem. Objetivo, em um primeiro momento, é fazer com que o implatado controle um computador usando o pensamento

Implantes autorizados pela FDA: empresa abriu inscrições para voluntários ao projeto

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André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 07h18.

Última atualização em 30 de janeiro de 2024 às 07h20.

A Neuralink, startup de tecnologia cerebral de Elon Musk, realizou no domingo, 28, o primeiro implante em um paciente humano. Segundo Musk, o paciente está se recuperando bem desde a cirurgia.

Em uma publicação na plataforma de mídia social X, na segunda-feira, 29, Musk destacou que os "resultados iniciais mostram uma detecção promissora dos picos dos neurônios".

Esses picos são atividades neuronais, descritas pelo National Institute of Health como células que transmitem informações pelo cérebro e para o corpo através de sinais elétricos e químicos. A Neuralink recebeu no ano passado autorização da Food and Drug Administration (FDA), a Anvisa dos EUA, para iniciar testes em humanos com seu implante, marcando um avanço significativo nas ambições da startup de auxiliar pacientes a superarem paralisia e outras condições neurológicas.

A implantação de agora é parte de um processo iniciado em setembro pela Neuralink, quando a empresa ganhou autorização para fazer recrutamento de um ensaio clínico. O estudo envolvia a utilização de um robô cirúrgico para implantar uma interface cérebro-computador (BCI) numa área do cérebro responsável pela intenção de movimento. A Neuralink informou anteriormente que o objetivo inicial é permitir que as pessoas controlem um cursor de computador ou teclado apenas com seus pensamentos.

Os implantes, com "fios ultrafinos", transmitem sinais no cérebro dos participantes, de acordo com a empresa. Musk revelou em outra publicação na plataforma X que o primeiro produto da Neuralink se chamaria Telepatia. O estudo PRIME da empresa é um ensaio da interface cérebro-computador sem fio para avaliar a segurança do implante e do robô cirúrgico.

Em junho do ano passado, a Neuralink foi avaliada em cerca de US$ 5 bilhões de dólares. No final de novembro, quatro legisladores solicitaram à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA que investigasse se Musk havia enganado investidores sobre a segurança da tecnologia, após registros veterinários indicarem problemas com implantes em macacos, incluindo paralisia, convulsões e inchaço cerebral.

Musk declarou em uma postagem nas redes sociais, em 10 de setembro, que "nenhum macaco morreu como resultado de um implante da Neuralink", acrescentando que a empresa escolheu macacos "terminais" para minimizar riscos aos saudáveis.

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