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Netflix investe em conteúdo na Ásia, região que mais cresce para a plataforma

Gigante do streaming ganhou 9,3 milhões de assinantes pagos na região durante o último ano, salto de 65% em relação a 2019

 (Mike Blake/Reuters)

(Mike Blake/Reuters)

KS

Karina Souza

Publicado em 6 de fevereiro de 2021 às 14h29.

Com mais de 200 milhões de assinantes ao redor do mundo, a Netflix nem pensa em estagnar seu ritmo ao longo dos próximos anos. A partir do crescimento vertiginoso obtido na Ásia no último ano, a companhia agora quer investir em produções locais para aumentar ainda mais seu público na região.

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De acordo com informações da CNN, a gigante do streaming conquistou 9,3 milhões de assinantes pagos na região da Ásia-Pacífico em 2020 -- valor que representa um salto de 65% em relação a 2019. Como consequência, a receita na região aumentou quase 62%.

Esse crescimento vertiginoso chamou a atenção da companhia, que dobrou a verba para produções locais. Os principais países-alvo da companhia são: Coreia do Sul, Índia e Japão. Por enquanto, a China não está incluída nesse "pacote".

"Estamos entusiasmados - extremamente entusiasmados, eu diria - com o potencial na Ásia", disse Greg Peters, diretor operacional e diretor de produtos da empresa, à CNN Business.

 

Além de reforçar a estratégia global da Netflix, o movimento faz sentido em meio ao aumento da competitividade global do setor. Recentemente, a companhia perdeu muitos de seus títulos para streamings concorrentes -- e investir cada vez mais em títulos próprios minimiza a chance de perder conteúdo no futuro.

Fôlego para isso, não falta. "Não há nada que eu diria que me satisfaça. Temos que continuar melhorando constantemente", disse ele. "Estamos conectados com muitas pessoas ao redor do mundo. Mas não é todo mundo, certo? Portanto, temos mais trabalho a fazer", afirma Peters.

Contexto

Em 2020, a companhia anunciou como meta captar US$ 1 bilhão para a produção de conteúdo original. À EXAME, Ted Sarandos, vice-presidente de conteúdo, já destacava que o nível alto de exigência para as produções próprias da companhia crescia cada vez mais e já seria um dos principais desafios para os próximos anos.

"Nossa estratégia sempre foi colocar o usuário antes de tudo. Seria melhor fazer o público retornar todas as noites para ver um novo episódio de cada vez ou exibir publicidade. Mas quando liberamos uma temporada inteira de uma vez fazemos isso em prol da felicidade dos assinantes, também não deixamos de lado a experiência de usuário", afirmou.

Vale lembrar que a companhia iniciou sua presença local há cinco anos, começando no Japão como uma "startup" e hoje emprega 600 pessoas na região asiática.

Fora da Ásia

Os planos no continente reforçam a meta ousada da Netflix, anunciado neste ano, em âmbito global: trazer uma novidade por semana. No mundo ocidental, o sucesso retumbante de público e de crítica de séries como “O gambito da rainha” e “Bridgerton” é o argumento usado pelos investidores que apostam que a Netflix tem potencial de expandir mais a sua base de assinantes. O banco de investimentos JPMorgan projeta que a plataforma atinja 300 milhões de assinantes até 2024.

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