Reed Hastings, fundador da Netflix (Getty Images)
Daniela Barbosa
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 12h07.
São Paulo – Há menos de dois meses, a Netflix anunciou uma mudança em seus negócios e dividiu suas operações em duas vertentes: a de alugueis de DVDs entregues pelos Correios e a assinatura de conteúdo transmitido via rede.
Na época, a companhia chegou a afirma que conseguiria, em três meses, ganhar cerca de 400.000 assinantes com a estratégia, mas a decisão, no entanto, pode ter sido um tiro no pé da companhia, que não só revisou suas metas para baixo, como estimou, nesta quinta-feira, que deve perder cerca de 600.000 usuários neste terceiro trimestre do ano.
A conta é bem simples, a previsão da Netflix era alcançar 25 milhões de usuários. No segundo trimestre do ano, a companhia fechou com 24,6 milhões. Mas agora, diante de um novo cenário, a empresa espera terminar o período com 24 milhões assinaturas.
De acordo com comunicado, apesar da revisão, a estratégia da empresa deve se confirmar como a mais correta nos próximos anos, principalmente por permitir o aumento do faturamento da companhia e o preço baixo da assinatura.
“Sabemos, no entanto, que a nossa decisão de dividir os serviços tem perturbado muitos de nossos assinantes. Mas acreditamos que essa divisão vai nos ajudar a tornar o nosso negócio melhor nos próximos anos”, afirmou a companhia em nota.
A Netflix desembarcou no começo deste mês no Brasil. O preço da assinatura mensal é de 14,99 reais e o grande desafio da companhia é ganhar popularidade e cair no gosto do público, como nos Estados Unidos.