Renata Redondo Bonaldi e Paula Villena Redondo, fundadoras da SleepUp (SleepUp/Divulgação)
A SleepUp, healthtech fundada pelas irmãs Renata Bonaldi, engenheira, e Paula Redondo, cientista da computação, recebeu na segunda-feira, 8, um aporte de 2 milhões de reais dos grupos de investidores GVangels, Aimorés, Poli Angels, Sororité, Jupter, e 4 executivos.
A startup é a primeira terapia digital para insônia a receber a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e funciona por meio de aplicativo, disponível para IOS e Android. Para o tratamento, a SleepUp utiliza terapias comportamentais e cognitivas baseadas em psicologia e medicina do sono (como, por exemplo, a Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia - TCCi), além de recursos de relaxamento e meditação.
Com o investimento, a startup mira agora o crescimento no mercado B2B e a internacionalização da marca. Entre os potenciais clientes estão farmacêuticas, operadores e prestadores de saúde e saúde corporativa. Para o futuro próximo, a SleepUp trabalha com projetos de desenvolvimento de algoritmos e Internet das Coisas para o monitoramento do sono, bem como inteligência artificial, visando focar cada vez mais em medicina personalizada e de precisão.
Para Angélica Nkyn, líder do investimento pela Sororité, comunidade de investidoras-anjo executivas que apoiam as Female Founders, a startup se destaca por ser disruptiva e pioneira em ‘medical device’, além do fato de ser liderada por mulheres, que foram critérios que o fundo confiasse o investimento na plataforma.
“Esse mercado cresce mais de 20% ao ano e tem atraído investidores no mundo todo. A terapia digital melhora a jornada do paciente e o desfecho clínico, e está alinhada com as tendências de medicina de precisão e medicina personalizado”, diz Roberto Ribeiro da Cruz, investidor líder pela GVAngels.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia. Em grandes cidades, como São Paulo, em que o ritmo de vida é muito agitado, os índices são ainda mais altos. Dados do EPISONO (Estudo Epidemiológico do Sono), do Instituto do Sono, revelam que 45% da população paulistana se queixa de insônia ou dificuldade para dormir.
Em outra pesquisa realizada pela Euromonitor, 30% das pessoas estão insatisfeitas com as soluções atuais e 50% ainda buscam por novas soluções.