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Na Rússia, Telegram é multado por não fornecer dados ao governo

Aplicativo se nega a compartilhar dados pessoais de usuários

Telegram: app tem mais de 100 milhões de usuários (Telegram/Divulgação)

Telegram: app tem mais de 100 milhões de usuários (Telegram/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 12h55.

São Paulo – O aplicativo de mensagens Telegram, rival do WhatsApp, foi multado da Rússia nesta segunda-feira (16) em Rbs800.000 (cerca de 44 mil reais) por não fornecer ao governo uma brecha de segurança digital para a visualização de dados de conversas de usuários.

A determinação vem de uma corte judicial de Moscou pela não colaboração do Telegram com a agência FSB (sucessora da KGB). Pavel Durov, cofundador do aplicativo, escreveu na rede social VK (similar ao Facebook) que os pedidos de dados pessoais dos usuários não podiam ser atendidos e que eles são inconstitucionais.

Na sua política de privacidade, o Telegram informa que guarda apenas dados essenciais para se manter funcionando e que as mensagens trocadas por meio do recurso de chat secreto não podem ser acessadas por mais ninguém além de remetente e destinatário–nem mesmo a própria empresa. Caso os conteúdos de uma conversa normal seja apagados de ambos aparelhos (remetente e destinatário), a companhia informa que os dados são apagados também de seus servidores.

O Telegram, assim como o WhatsApp, criptografa os dados de mensagens trocados por seus usuários. Sem uma chave de acesso, somente a empresa pode ter acesso temporário aos dados referentes as mensagens. O Telegram, que tem mais de 100 milhões de usuários, tem dez dias para recorrer da decisão.

No Brasil, casos semelhantes com o WhatsApp levaram ao bloqueio temporário do aplicativo em todo o território nacional em três ocasiões.

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