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Myspace assina resolução de acusações sobre privacidade

Empresa é acusada de fazer milhões de usuários compartilhassem informações pessoais com anunciantes de maneira involuntária

O processo é parte de um esforço maior da parte do governo dos Estados Unidos para atingir empresas que fazem uso de dados de seus consumidores para fins lucrativos (Reprodução/MySpace)

O processo é parte de um esforço maior da parte do governo dos Estados Unidos para atingir empresas que fazem uso de dados de seus consumidores para fins lucrativos (Reprodução/MySpace)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 16h54.

Washington - A rede social Myspace assinou uma resolução sobre as acusações de que ela fez com que milhões de usuários compartilhassem informações pessoais com anunciantes de maneira involuntária. O processo é parte de um esforço maior da parte do governo dos Estados Unidos para atingir empresas que fazem uso de dados de seus consumidores para fins lucrativos sem seu consentimento.

A resolução com a Federal Trade Comission (FTC, na sigla em inglês) anunciada nesta terça-feira exige que a companhia sediada em Beverly Hills, na California, crie um programa abrangente que proteja as informações de seus consumidores. Além disso, o acordo impede que o Myspace informe erroneamente os meios de proteção da privacidade de seus usuários.

O Myspace estará sujeito a análises independentes de seu programa de privacidade durante os próximos 20 anos.

No passado, a FTC entrou em disputas legais com o Twitter por conta de falhas na proteção das informações pessoais dos usuários do serviço. Essas acusações foram resolvidas em 2010.

No ano passado, o órgão também considerou que o Facebook e o Google estavam envolvidos em práticas enganosas relativas a suas políticas de privacidade. Os acordos com o Facebook e com o Google estipulam 20 anos de auditorias para garantir a proteção da privacidade de seus consumidores, enquanto o Twitter está sujeito a dez anos de auditorias.

Há uma crescente preocupação da parte de consumidores sobre como gigantes da internet coletam e negociam vastas quantidades de informações detalhadas sobre as atividades online de seus usuários e sobre suas identidades na vida real.

A Casa Branca e a FTC divulgaram diretrizes elaboradas para lidar com as violações de privacidade, mas elas dependem de compromissos voluntários da parte de companhias da internet e anunciantes.

Legisladores utilizaram o campo jurídico para encorajar a auto-fiscalização, já que lidar de maneira significativa com a questão exigira um caminho difícil através do dividido Congresso norte-americano.

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