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Morgan Stanley vende US$ 3 bilhões em dívida do X de Elon Musk

Banco aproveita onda de interesse dos investidores pela rede social, graças à proximidade de Musk com Trump

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 10h11.

O banco de investimentos Morgan Stanley (MS) iniciou na última segunda-feira, 10, mais uma grande venda de dívidas vinculadas à rede social X, antigo Twitter.

A iniciativa aproveita uma recente onda de interesse dos investidores pela plataforma, devido à proximidade de seu dono, o bilionário Elon Musk, com a Casa Branca.  

Nesta leva, o banco está oferecendo quase US$ 3 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões) em dívidas que detém da empresa junto com outros bancos. Na semana passada, outros US$ 5,5 bilhões (aproximadamente R$ 32 bi) em dívidas do X foram postos à venda. 

O Morgan Stanley orientou Musk na compra do Twitter em 2022, liderou os acordos de financiamento e assumiu a maior parte da dívida do negócio. 

Na época, a compra da dívida foi vista como arriscada. Os investidores estavam particularmente preocupados com o preço pago pelo bilionário pela empresa e com as mudanças que ele adotou na política de moderação de conteúdo, que poderiam afastar os anunciantes da rede social.

A proximidade de Musk com o presidente americano Donald Trump foi o que alterou a perspectiva do mercado sobre o X. Após a eleição dos Estados Unidos, o empresário foi anunciado como chefe de um novo órgão do governo federal, batizado de Departamento de Eficiência Governamental, cuja missão é reduzir as burocracias e aumentar a eficiência do governo.

De acordo com informações da Bloomberg, na venda anterior, o Morgan Stanley apresentou aos investidores detalhes sobre os lucros e a receita do X que sugerem que as finanças da empresa se estabilizaram. Isso se deve, em parte, ao aumento da publicidade em torno das eleições americanas.

O banco também destacou que o X faz parte do projeto de inteligência artificial de Musk, o xAI. Na segunda, o bilionário liderou uma oferta de US$ 97,4 bilhões para adquirir o controle da concorrente OpenAI. 

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