Tecnologia

Microsoft quer criptografar dados

À luz do escândalo datagate, depois de Google, Facebook e Yahoo! agora é a vez da Microsoft intensificar os esforços para criptografar seu tráfico na internet


	Microsoft: diretoria da empresa deve reunir-se ainda nesta semana para decidir qual método de segurança será adotado e quando
 (Getty Images)

Microsoft: diretoria da empresa deve reunir-se ainda nesta semana para decidir qual método de segurança será adotado e quando (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 10h35.

Roma - À luz do escândalo datagate, depois de Google, Facebook e Yahoo! agora é a vez da Microsoft intensificar os esforços para criptografar seu tráfico na internet. As informações são do jornal Washington Post.

Segundo o jornal norte-americano, nos documentos de Edward Snowden sobre o sistema de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) havia informações sobre a Microsoft, em particular em relação aos produtos Hotmail e Windows Live Messenger. A diretoria da empresa deve reunir-se ainda nesta semana para decidir qual método de segurança será adotado e quando.

Os documentos obtidos por Snowden, explica o Post, sugerem que a Microsoft faz bem em se preocupar. Não somente seus serviços de correio eletrônico e de bate-papo são citados no relatório que descreve as operações do Google e do Yahoo!. Diversos e-mails da NSA mencionam também o Passport, outro serviço da Microsoft, indicando-o como possível objeto no projeto de vigilância chamado "Muscular".

Não somente as gigantes da tecnologia estão tentando aumentar suas barreiras de segurança. Os internautas também se equipam, como podem, utilizando aplicações como Wickr que "protege" as informações com um mecanismo de autodestruição de mensagens, similar aquele do Snapchat. Há alguns dias o CEO da Wickr, Nico Sell, disse ao Financial Times que o aplicativo, lançado em 2012, tem visto mais do que duplicar o número de downloads depois do escândalo do datagate. Gmail na Rússia O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo) recomendou a seus funcionários administrativos que não usem serviços de mensagens estrangeiros, principalmente o Gmail, do Google.

A decisão foi tomada depois das revelações de Edward Snowden, que recebeu asilo político na Rússia, sobre a NSA, informa o jornal russo Izvestia. Segundo a publicação, os dirigentes russos utilizam amplamente o Gmail e outros serviços de e-mail estrangeiros. Há dois anos, o FSB já havia soado o alarme para a segurança do país em relação ao Gmail e Hotmail, bem como o sistema de telefone on-line Skype, mas as denuncias não foram adiante. Agora é correr para resolver.

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