Celulares com o sistema operacional Android: companhias estão acusando o Google de bloquear a concorrência na telefonia móvel (©Getty Images/AFP/File / Spencer Platt)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2013 às 12h42.
Bruxelas - Empresas como a Microsoft e a Nokia aumentaram a pressão sobre reguladores antitruste da União Europeia para agirem contra o Google, acusando-o de bloquear a concorrência na telefonia móvel.
A queixa ocorre enquanto o Google tenta solucionar uma investigação de dois anos da Comissão Europeia sobre suas práticas de busca na Internet, e evitar uma eventual multa que poderia chegar a 5 bilhões de dólares, ou 10 por cento de sua receita de 2012.
O foco inicial da investigação era sobre o seu serviço de busca nos computadores, porém o Comissário para Concorrência da União Europeia, Joaquín Almunia, disse no ano passado que tinha recebido queixas sobre o Google Android, sistema operacional para smartphones mais popular do mundo.
Almunia disse que pretende chegar a um acordo com o Google, na segunda metade do ano. Os autores da denúncia, no entanto, estão frustrados com o ritmo de sua investigação.
Em uma denúncia feita pública na terça-feira por seu grupo de lobby FairSearch, os rivais do Google acusaram a empresa de usar o Android para desviar o tráfego para o seu motor de busca.
Outros membros do FairSearch incluem a 3a maior fabricante de softwares Oracle, os sites de viagem Expedia e TripAdvisor, o site francês de comparação de compras Twenga, o site britânico de comparação de preços Foundem e o adMarketplace, sediado nos EUA.
"O Google está usando seu sistema operacional móvel Android como um 'cavalo de Troia' para enganar parceiros, monopolizar o mercado de telefonia móvel, e controlar os dados de consumo", afirmou o advogado do grupo FairSearch, Thomas Vinje, em um comunicado.
"Falhar em agir só vai incentivar o Google a repetir seus abusos, à medida que os consumidores se voltam cada vez mais para uma plataforma móvel dominada pelo sistema operacional Android do Google", disse.
A Comissão não quis comentar.
O porta-voz do Google, Al Verney, disse que a empresa continua a trabalhar em cooperação com o órgão regulador.