EUA: revelação chega após meses de advertências por parte de funcionários americanos pela possível ingerência russa nas eleições legislativas que acontecerão em novembro no país (Brian Snyder/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de agosto de 2018 às 11h53.
Última atualização em 21 de agosto de 2018 às 11h59.
Washington - A Microsoft fechou até cinco sites falsos, incluindo alguns pertencentes ao Senado dos Estados Unidos e think tanks americanos, criados por um grupo de hackers supostamente ligados ao governo russo, informou na segunda-feira a empresa de tecnologia.
O alvo aparente destas páginas era hackear os computadores daquelas pessoas que as visitassem erroneamente.
Segundo a Microsoft, tais sites "online" foram criados pelo grupo de hackers APT28, que foi publicamente vinculado a uma agência de inteligência russa e interferiu ativamente nas eleições presidenciais de 2016, segundo investigadores dos EUA.
A revelação da Microsoft chega após meses de suspeitas e advertências por parte de funcionários americanos pela possível ingerência russa nas eleições legislativas que acontecerão este novembro no país.
A Unidade de Crimes Digitais da Microsoft assumiu o papel principal na busca e desativação dos sites, e a companhia está tomando medidas para proporcionar uma maior proteção de segurança cibernética às campanhas e equipes eleitorais que usam produtos da marca.
Entre as instituições afetadas está o Instituto Hudson, um think tank conservador com sede em Washington e que participou de forma ativa nas investigações sobre a ingerência na Rússia; e o Instituto Republicano Internacional (IRI), um grupo sem fins lucrativos que promove a democracia no mundo todo.
As outras três páginas falsas foram projetadas para aparecer como se estivessem filiadas ao Senado, e o quinto site não tinha conteúdo político, mas falsificou os próprios produtos online da Microsoft.