Redatora na Exame
Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 10h49.
Os executivos da Meta adotaram uma abordagem diferente da utilizada pelo CEO Mark Zuckerberg ao falar com anunciantes sobre as mudanças que a empresa fez na sua política de moderação de conteúdo.
Enquanto Zuckerberg, no anúncio do novo posicionamento da empresa, enfatizou que a "mídia tradicional tem pressionado para censurar" publicações e disse que os checadores de conteúdo mais “destruíram confiança do que criaram”, os executivos focaram em explicar para os anunciantes como garantir que seus anúncios não apareçam ao lado de conteúdos inapropriados.
Segundo reportagem do Wall Street Journal, a executiva de anúncios da Meta, Samantha Stetsom, afirmou que a empresa está 100% comprometida com a segurança das marcas em conferência realizada com os anunciantes no último dia 17.
Na reunião, a vice-presidente de políticas de conteúdo da empresa, Monika Bickert, explicou que a Meta irá remover conteúdos que aumentem os riscos à segurança dos usuários, mas que irá permitir que as pessoas falem sobre as notícias e seus posicionamentos de maneira mais aberta.
O Wall Street Journal diz que a executiva citou como exemplo a afirmação “mulheres não deveriam servir em combate”. Pela política anterior, a frase seria proibida por incentivar a exclusão de pessoas com base no gênero. Agora, ela seria autorizada. As marcas que quiserem evitar que seus anúncios apareçam ao lado de publicações como essa precisam ajustar suas configurações.
Apesar das críticas às novas políticas, é improvável que os anunciantes deixem de usar as plataformas da Meta. A companhia, além de ter bilhões de usuários em suas redes sociais, é muito eficiente em segmentar e direcionar os anúncios.
Segundo o Wall Street Journal, mesmo que haja um boicote de grandes marcas, a empresa continuará segura graças a sua enorme base de pequenas empresas anunciantes.