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Meta de 4G pode ser cumprida na faixa de 700 MHz, diz Anatel

Segundo presidente da agência, a opção é uma "vantagem importante para quem já está operando no Brasil"


	João Rezende: a necessidade de investimento em infraestrutura é menor
 (Valter Campanato/ABr)

João Rezende: a necessidade de investimento em infraestrutura é menor (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 11h25.

Londres - Metas para a telefonia móvel previstas no leilão das faixas de 2,5 GHz poderão ser cumpridas com serviços de 4G na faixa dos 700 MHz. A informação foi dada nesta manhã pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende.

Em palestra a investidores britânicos, Rezende disse que essa possibilidade faz com que a compra das novas licenças seja uma opção para as operadoras existentes reduzirem o investimento destinado ao cumprimento das atuais obrigações exigidas pelo governo.

"Quem comprar faixa nesse leilão (do 4G) pode pegar as metas e obrigações previstas pelo 2,5 GHz e cumprir com os 700 MHz. É uma vantagem importante para quem já está operando no Brasil", disse em seminário sobre o leilão na capital britânica.

O argumento é que, como a transmissão em 700 MHz tem alcance maior, a necessidade de investimento em infraestrutura - para a instalação de torres, por exemplo - é menor.

"As empresas economizarão no investimento e, do ponto de vista do capex (gasto), é uma opção mais eficiente", disse.

Para novos operadores que não compraram licenças do 2,5 GHz, Rezende disse que também há vantagens.

"Nesse caso, outra vantagem importante é que o 700 MHz não tem nenhum obrigação de cobertura. Isso era sempre criticado nos leilões brasileiros que ofereciam alta rentabilidade em regiões concentradas e baixa em outros locais. É o famoso filé com osso. Isso não acontecerá agora. O operador poderá operar onde achar mais conveniente", disse.

O presidente da Anatel também informou que o edital permitirá a formação de consórcios para a disputa da faixa de 700 MHz.

"O edital permite a formação de consórcios e a gente vê alguns sinais de alguns grupos sobre participar em eventual consórcio. É apenas um instinto masculino sobre isso", brincou.

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