Tecnologia

MercadoPago mira app e leitor de cartões para elevar receita

MercadoLivre está de olho em um potencial aumento de receitas em um segmento também visado por gigantes como Apple e Amazon

MercadoLivre: empresa também lançou um leitor de cartões em fase piloto (Divulgação)

MercadoLivre: empresa também lançou um leitor de cartões em fase piloto (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 15h58.

São Paulo - O MercadoPago, facilitador de pagamentos pela Internet da empresa de tecnologia MercadoLivre, anunciou nesta quarta-feira a oferta de soluções de pagamento para compras feitas em lojas físicas no Brasil.

O serviço funciona por meio de celulares inteligentes e tablets, com a empresa de olho em um potencial aumento de receitas em um segmento também visado por gigantes como Apple e Amazon.

A companhia passará a disponibilizar gratuitamente uma ferramenta de software que permitirá a incorporação do MercadoPago como meio de pagamento em aplicativos desenvolvidos por terceiros.

Entre os clientes que já aceitam a solução em fase piloto, está o EasyTaxi, aplicativo de táxis.

"É o que vai mover a agulha do nosso crescimento para o futuro", afirmou o presidente do MercadoPago no Brasil, Marcelo Coelho, acrescentando que a companhia quer, com isso, incentivar que seus sete milhões de vendedores únicos, em base global, passem a operar também com aplicativos.

A empresa também lançou um leitor de cartões em fase piloto.

Conectado a dispositivos móveis, ele permite que vendedores cobrem pelos serviços prestados da mesma forma que máquinas de companhias como Cielo e Rede.

No Brasil, são aceitas todas as bandeiras de cartões, com parcelamento em até 12 vezes.

Em ambos os casos, o MercadoPago cobrará uma taxa de 4,99 por cento sobre os produtos e serviços vendidos, a mesma praticada na Internet.

"Estamos em estratégia de segmentação, ampliando nossos serviços para o nosso mesmo público cativo", afirmou Coelho, pontuando que a ênfase é para micro e pequenos empreendedores.

Em outra frente, a empresa lançou um aplicativo que transforma o celular em carteira digital, permitindo que os usuários realizem pagamentos e transferências por meio do aparelho de forma gratuita, desde que as duas partes estejam no ambiente do MercadoPago.

Para o envio de recursos para contas em banco, por exemplo, é cobrada uma taxa de 3 reais.

Com as investidas, a companhia aposta no reforço da sua presença no dinâmico mercado de pagamentos online, dominado pelo PayPal, do eBay, mas alvo de interesse de outras gigantes de tecnologia e varejo.

Neste ano, a Amazon.com também iniciou o gerenciamento de pagamentos a serviços de outras companhias nos Estados Unidos, permitindo o uso de dados de cartão armazenados em seu site para a quitação, por exemplo, de contas de telefone e assinaturas de serviços de streaming.

Já a Apple apostou no Apple Pay, que permite aos consumidores substituir o uso do cartão de crédito por iPhones por meio de leitores instalados em lojas.

Questionado sobre as iniciativas da concorrência, Coelho afirmou que o MercadoPago é o primeiro a trazer para o Brasil iniciativas como a carteira virtual e o kit de desenvolvimento de softwares para incorporação da solução de pagamento em aplicativos, enxergando uma potencial fonte de receita em cima da tendência de uso de múltiplos canais de compras pelos consumidores.

No ano passado, foram registradas 31,5 milhões de transações no MercadoPago em um movimento de cerca de 2,5 bilhões de dólares em todos os países em que a companhia opera - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Venezuela.

Acompanhe tudo sobre:Empresas de internetEstratégiagestao-de-negociosInternetmeios-de-pagamentoMercado LivreServiços onlineSoftware

Mais de Tecnologia

Conheça a Lark: a nova aposta da ByteDance para produtividade no Brasil

O homem mais rico da Ásia anuncia planos para robôs humanoides em 2025

Gigante do TikTok, ByteDance atinge valor de US$ 300 bilhões, diz WSJ

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok