Drogas: a equipe do portal alegou "razões de segurança" para o fechamento. (Stringer / Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2013 às 13h00.
São Paulo - Depois de um lançamento barulhento em março, com direito a campanha de marketing e vídeo no YouTube, o mercado negro virtual Atlantis fechou as portas. O site vendia todo tipo de drogas ilícitas, principalmente maconha, e itens contrabandeados. A equipe do portal alegou "razões de segurança" para o fechamento.
O objetivo inicial do Atlantis era competir com o Silk Road, o maior e mais conhecido mercado negro da internet que, segundo estimativas, movimenta mais de 20 milhões de dólares por ano. Os administradores do Atlantis desde o princípio adotaram um discurso de que sua operação era a "mais profissional", com foco em trazer melhorias tanto no design do site quanto nas ferramentas que permitiam a compra e venda de itens.
O anúncio foi feito pelos administradores da página.
"Queridos usuários,
Temos notícias terríveis. Infelizmente, chegou a hora do Atlantis fechar suas portas. Devido a razões de segurança fora de nosso controle, decidimos encerrar a operação. Acredite, não faríamos isso se não fosse totalmente necessário."
A INFO entrevistou um dos fundadores do Atlantis em reportagem especial sobre o lado sombrio da web. Esses sites de compra e venda de drogas operam na deep web, uma rede de servidores escondidos dos buscadores do Google e disponíveis apenas por meio do navegador Tor.
Loera, um dos administradores do Atlantis, falou com a reportagem numa troca de emails ao longo de junho e julho. Na época, não demonstrou receio de que o negócio pudesse ser fechado por razões de segurança. Pelo contrário, falou com confiança sobre o futuro de negócio, que descreveu como tendo potencial multimilionário.