Tablets: demanda por produtos no Brasil foi puxada pelo segmento de educação no primeiro trimestre de 2021 (Tom Odulate/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 4 de junho de 2021 às 12h53.
Última atualização em 4 de junho de 2021 às 14h41.
Com vendas para o setor público em alta, o mercado de tablets registrou um crescimento explosivo no primeiro trimestre de 2021, ante o mesmo período no ano passado. De acordo com a consultoria americana IDC, o setor teve crescimento nas vendas de 52,3%, enquanto a receita teve salto de 149,5% e chegou a 964.200 reais. Dessa quantia, 572.200 reais vieram de vendas no varejo e 391.900 reais são referentes às vendas no setor corporativo.
O volume total de vendas foi de 1.026.880 aparelhos comercializados no período de janeiro a março, sendo 675.672 para o varejo e 351.208 para o corporativo.
A alta é puxada por compras impulsionadas pela pandemia de covid-19, que levou alunos de escolas a estudar em casa. A tendência gerou uma necessidade de digitalização da área, inclusive no setor público.
“A prefeitura de São Paulo, por exemplo, comprou um volume grande de tablets para atender às demandas das escolas municipais e isso impactou no resultado das vendas do setor corporativo, que cresceu 607,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020”, afirma, em nota para EXAME, Rodrigo Pereira, analista de mercado de dispositivos de consumo e comerciais da IDC Brasil.
No varejo, a alta foi mais modesta e registrou crescimento de apenas um digito (8,2%). Ainda assim, a consultoria vê o movimento como positivo, em razão de reajustes de preços devido ao ICMS e da falta de componentes que afeta todo o mercado de eletrônicos no mundo.
A IDC prevê crescimento de 27,1% para os próximos trimestres de 2021, ainda projetando compras de tablets pelo setor de educação.